Babá avisou à mãe de Henry Borel que Dr. Jairinho agredia o menino, diz Polícia

O vereador e a namorada, Monique, foram presos nesta quinta-feira (8)

Um dos elementos importantes para a prisão do vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros da Costa e da Silva, por envolvimento na morte de Henry Borel, filho de Monique, foi uma conversa da mãe com a babá do garoto em que as agressões eram reveladas.

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o celular de Monique tinha a captura de uma conversa em que Thayna de Oliveira Ferreira, a babá. Nas imagens, Thayna contava a mãe que o menino estava machucado e se queixava das agressões realizadas por Dr. Jairinho.

Em 12 de fevereiro, pouco menos de um mês antes do crime, Thayna avisou a mãe que Henry relatou que o padastro o pegou pelo braço, deu uma banca e o chutou.  “A própria babá fala que o Henry mancava, que ao dar banho uma vez, ele não deixou lavar a cabeça devido à dor”, afirmou Henrique Damasceno, delegado titular do 16° Distrito Policial.

A babá também alertou a Monique que o menino era ameaçado por Jairo, evitando que ele contasse das agressões.

Em diligência realizada nesta quinta-feira (8), os policiais apreenderam o celular de Thayna. Em depoimento aos policiais, no início das investigações, ela mentiu para os policiais e não relatou nenhuma situação de violência.

A babá contou que a família vivia em harmonia e que nunca havia presenciado brigas ou anormalidades. A suspeita é que Jairinho e Monique estavam interferindo nos depoimentos de testemunhas do caso.

Prisão

O casal foi detido por policiais da 16ª DP, da Barra da Tijuca, para onde foram levados, após a juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri da Capital, expedir mandados de prisão temporária por 30 dias. O inquérito do caso ainda não foi concluído pela polícia e os investigadores aguardam a conclusão de outros laudos.

Os agentes civis monitoravam a residência do casal desde a última segunda-feira (6). Nesta quarta-feira (7), Jairinho saiu da casa do pai, onde dormia, e buscou a namorada na casa dos sogros. Eles foram para a casa de uma tia de Jairo, onde passaram a noite.

Segundo Ana Carolina Medeiro, delegada assistente do 16° DP, os dois tentaram jogar os celulares pela janela, assim que perceberam a chegada dos policiais. “Estavam no mesmo quarto, não esboçaram reação e não resistiram à prisão”, relata Madeiro.

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