Bispo do interior de SP renuncia após ter vídeo íntimo divulgado na internet – Mais Brasília
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Bispo do interior de SP renuncia após ter vídeo íntimo divulgado na internet

O pedido foi aceito pelo papa Francisco e divulgado nesta quinta-feira (18/8) no boletim oficial do Vaticano

Foto: Reprodução

O bispo dom Tomé Ferreira da Silva, da Diocese de São José do Rio Preto (a 437 km de São Paulo), no interior paulista, renunciou ao cargo após ter vídeo íntimo divulgado na internet, na sexta-feira (13/8). O pedido foi aceito pelo papa Francisco e divulgado nesta quinta-feira (18) no boletim oficial do Vaticano e em um comunicado emitido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

As imagens que viralizaram nas redes sociais mostram o bispo seminu durante uma videochamada. O clérigo aparece tirando a roupa e acariciando o próprio órgão sexual. Na imagem, ao final, há outro homem, com uma tarja cobrindo rosto, também nu.

Segundo o documento divulgando a saída de dom Tomé, o arcebispo da cidade vizinha Ribeirão Preto, Moacir Silva, assume o posto. A publicação não diz o motivo do pedido de renúncia do religioso.

“A Nunciatura Apostólica informa que o Santo Padre aceitou hoje o pedido de renúncia ao governo pastoral da Diocese de São José do Rio Preto, apresentada por S. Excia. D. Tomé Ferreira da Silva, nomeando, ao mesmo tempo, como Administrador Apostólico, o Exmo. Sr. D. Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto”, diz o comunicado assinado pelo bispo auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado.

Dom Tomé ocupava o cargo desde novembro de 2012. A Diocese de São José do Rio Preto abrange 26 municípios da região, com 70 paróquias.

Procurados, dom Tomé e a CNBB não se manifestaram, assim como o padre Júlio César Sanches Lázaro, chanceler do bispado de São José do Rio Preto.

Renúncia em 2018 Essa não foi a primeira vez que dom Tomé se envolveu em polêmicas. Em setembro de 2018, o religioso renunciou ao cargo de coordenador regional da Arquidiocese de Ribeirão Preto.

Na época, o pedido foi feito após ele ser investigado pelo Vaticano por supostamente omitir casos de abusos sexuais ocorridos na igreja.

Por Simone Machado