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China libera novo lote de insumos para vacina

Decisão foi anunciada pelo embaixador do país asiático após reunião com governadores. Matéria-prima será utilizada na fabricação de 16,6 milhões de doses dos imunizantes Coronavac e AstraZeneca

Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Foto: Reprodução

Após uma reunião com o Fórum dos Governadores, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, confirmou nesta quinta-feira (20/5), a liberação de novo lote do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção de vacinas contra o novo coronavírus, ao país. De acordo com o embaixador, o lote será suficiente para fabricar 16,6 milhões de doses dos imunizantes Coronavac e Oxford/AstraZeneca.
A reunião contou com a participação de João Doria (PSDB-SP), Waldez Góes (PDT-AP), Flávio Dino (PCdoB-MA) e Wellington Dias (PT-PI).

“Informei a liberação dos novos lotes de IFA para produzir no total 16,6 milhões de doses da CoronaVac e vacina AstraZeneca, que chegarão no Brasil nos próximos dias. A China, fraterna com o povo brasileiro, está comprometida em parceria de vacinas”, escreveu Wanming no Twitter.

No início desta semana, a China havia anunciado uma remessa menor do que a esperada. “Nos surpreendeu a notícia de que havia 6 mil litros de insumos disponíveis para o embarque e que apenas 3 mil estariam sendo embarcados no dia 25. Precisamos da sua ajuda para que esses outros 3 mil litros de IFA sejam embarcados imediatamente para o Brasil. Com 6 mil litros, podemos ter 17 milhões de doses da vacina”, afirmou João Doria.

Com a confirmação do embaixador chinês da liberação de insumos capazes de produzir 16,6 milhões de doses, portanto, o cronograma poderá ser parcialmente cumprido.

O diretor do Butantan, Dimas Covas, declarou que, até o final de junho, a necessidade do instituto é de 10 mil litros de IFA, ou seja, quatro a mais do que deverão ser enviados agora.

De junho a setembro, afirmou Covas, serão necessários mais 22 mil litros e, após esse período, mais 36 mil litros.

Diplomacia

João Doria e Dimas Covas reforçaram com o representante chinês, a urgência do envio de IFA ao Brasil. Em 13 de maio, o Butantan anunciou que iria parar a produção da Coronavac por falta de insumos para a produção da vacina.

Na ocasião, o governador de São Paulo atribuiu a dificuldade na exportação da matéria-prima a “entraves diplomáticos” em razão da postura do presidente Jair Bolsonaro e de integrantes do governo federal em relação ao país asiático.