Dia mundial do diabetes: entenda como a doença afeta a pele – Mais Brasília
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Dia mundial do diabetes: entenda como a doença afeta a pele

Entre as complicações estão a perda de sensibilidade nas extremidades e cicatrização lenta

Foto: Divulgação/Pixabay

O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para reforçar a conscientização a respeito da doença, que atinge cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, no Brasil, existem mais de 16 milhões de pessoas que convivem com a doença.

Você sabia que quem tem diabetes é mais propenso a apresentar problemas na pele? Isso acontece por causa da dificuldade do corpo em manter a pele hidratada e, também, de algumas infecções que podem se desenvolver devido ao fraco desempenho dos anticorpos.

Seguir a orientação médica para o controle do diabetes é primordial na prevenção de lesões na pele. Além disso, é importante se manter atento ao menor sinal de alteração cutânea, como coceira, feridas que demoram a cicatrizar, ou mudanças de cor e procurar um especialista.

De acordo com o dermatologista, Erasmo Tokarski, pessoas com qualquer um dos dois tipos de diabetes têm mais tendência a sofrer uma série de doenças de pele, que, quando não cuidadas, podem ser graves.

“Quando a diabetes afeta a pele, geralmente é sinal de que a glicemia não está bem controlada. A pele, então, fica seca e mais vulnerável a coceiras, rachaduras e, consequentemente, infecções. Algumas micoses, são mais insidiosas na pele do diabético, precisando muitas vezes controlar a glicose para que a micose involua. Entre as complicações que a diabetes pode gerar no paciente estão a perda de sensibilidade nas extremidades e ainda cicatrização lenta”, afirma o profissional.

O médico explica ainda que todo diabético, naturalmente, possui a pele mais frágil e seca, em decorrência das alterações provocadas pelo excesso de glicose no sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle e produção de suor e sebo. Outra má consequência para a pele do diabético é a desidratação.

“Como eles tendem a urinar bastante pela necessidade fisiológica de eliminar o excesso de glicose do sangue, acabam levando o corpo a uma imensa perda de água”, pontua.

Nas pessoas diabéticas os pés necessitam de bastante cuidado e atenção. A circulação sanguínea ineficiente faz com que esta seja a parte do corpo mais vulnerável. Com menor sensibilidade, um machucado pequeno pode passar despercebido e infeccionar. A condição é tão comum que é conhecida como “pé diabético”.  Secar muito bem entre os dedos, manter a pele bem hidratada e usar hidratantes com ureia são medidas essenciais. Infelizmente, amputações por conta de problemas no pé são comuns entre diabéticos.

Prevenção

Para o profissional, o melhor caminho é consultar o médico regularmente. Outra dica é examinar a pele diariamente, sobretudo os pés, pela manhã e à noite. O médico ressalta que é importante procurar por micoses, pequenas lesões, feridas.

Além da checagem diária, Tokarski também ressalta que manter a pele hidratada é fundamental para evitar rachaduras.  “Beber água é fundamental, mas também é preciso usar hidratantes específicos para a pele. Com o creme o paciente consegue amenizar o aspecto ressecado que a doença provoca”, destaca o dermatologista.