Diretora de creche em que crianças foram amarradas se entrega à polícia – Mais Brasília
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Diretora de creche em que crianças foram amarradas se entrega à polícia

Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, 40, estava acompanhada por dois advogados e passou a madrugada na delegacia

Foto: Reprodução/redes sociais

Roberta Regina Rossi Serme Coutinho da Silva, 40, diretora e responsável pela Escola de Ensino Infantil Colmeia Mágica, na zona leste paulistana, se apresentou no final da noite desta quinta-feira (28) à Delegacia Central de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, e foi presa pela Polícia Civil.

Ela estava acompanhada por dois advogados e passou a madrugada na delegacia.

A diretora deve deixar a delegacia para a audiência de custódia por volta das 9h desta sexta (29). Estima-se que até às 12h ela retorne e, então, seja encaminhada para uma das penitenciárias femininas de Tremembé.

A instituição particular é investigada pela polícia após vídeos de crianças amarradas com lençóis serem compartilhados na internet em março. Roberta estava foragida desde que sua prisão havia sido decretada, há pouco mais de um mês.

Na segunda-feira (25), a polícia prendeu Fernanda Carolina Rossi Serme, 37, irmã de Roberta e uma das proprietárias da Colmeia Mágica. Ela estava em sua casa em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

Fernanda foi transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé (a 140 km de SP).

Vídeos feitos com um celular mostraram crianças amarradas com lençóis no banheiro da escola infantil.

Em depoimentos anteriores às prisões, as suspeitas negaram conhecimento sobre as cenas de tortura contra crianças. Apesar disso, elas reconheceram o banheiro como sendo da escola infantil.

O advogado André Dias disse à Folha de S.Paulo, em março, que o colégio busca descobrir quem fez as gravações e quem colocou as crianças naquela situação.

Cerca de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia, entre funcionários e pais de alunos.

De acordo com professoras e ex-professoras da Colmeia Mágica, as crianças eram colocadas em bebês-conforto, dentro do banheiro, e amarradas com lençóis, quando choravam com insistência.

Por Cristina Camargo