Ginecologista suspeito de abusar sexualmente de pacientes é solto em Anápolis – Mais Brasília
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Ginecologista suspeito de abusar sexualmente de pacientes é solto em Anápolis

O médico estava preso no município há cinco dias

Nicodemos
Reprodução

O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi solto por decisão judicial nesta segunda-feira (4/10). O médico é suspeito de abusar sexualmente de diversas pacientes e estava preso há cinco dias no município de Anápolis, a cerca de 60 km de Goiânia.

O advogado de Nicodemos, Carlos Eduardo Gonçalves Martins, disse ao G1 que ele foi solto no final da tarde. Apesar disso, ele terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá exercer a profissão. “O juiz entendeu que ele não preenche os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, que ele não vai atrapalhar as investigações, que ele tem residência fixa, que ele é réu primário”, disse o advogado.

Mais de 50 mulheres denunciaram o ginecologista

A Polícia Civil de Goiás confirmou nesta segunda (4) que 53 mulheres já denunciaram o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, que tem 41 anos e reside em Anápolis, por abuso sexual desde sua prisão. na última quarta-feira (29). Nicodemos já passou por audiência de custódia na última semana, e o juiz decidiu mantê-lo em prisão preventiva.

Ao Mais Goiás, a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy, contou que das denúncias registradas até agora 52 são de violação sexual mediante fraude e uma é de estupro de vulnerável, referente a uma jovem que tinha 12 anos de idade à época em que o médico teria cometido o abuso.

A delegada informou também que uma das denúncias diz respeito a uma cirurgia que Nicodemos Júnior teria oferecido a uma paciente em troca de sexo. A cirurgia era uma ninfoplastia, procedimento que consiste na redução dos pequenos lábios vaginais quando o caso é de hipertrofia dessa área.

“A vítima ia fazer cirurgia ninfoplastia e ele era um dos médicos que fazia aqui no estado. Ele teria oferecido sexo para a paciente e, em troca, ela não precisaria pagar [pelo procedimento]”, detalhou a delegada.

Por: Mais Goiás