Jamais entrarei de novo em loja da Havan, diz presidente do conselho de secretários da Indústria – Mais Brasília
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Jamais entrarei de novo em loja da Havan, diz presidente do conselho de secretários da Indústria

Gestor classificou a declaração de Hang como desrespeitosa

Foto: Reprodução

Em reação à publicação em que o empresário bolsonarista Luciano Hang relacionou votos à esquerda no Norte e no Nordeste e índices sociais mais baixos, o presidente do Consedic (Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Simplício Araújo, diz que nunca mais vai entrar em lojas da Havan e classifica a declaração como desrespeitosa.

“O problema da pobreza existe, não se pode negar, e é decorrente justamente de pessoas como Luciano Hang, que apenas buscam lucro nas regiões, ignoram a pobreza e usam nossos indicadores sociais apenas como trampolim político e social”, afirma Araújo, que é secretário do governo Flávio Dino (PSB-MA), em nota.

“O problema do Norte e Nordeste merece ser olhado com responsabilidade. Milhões de nordestinos e nortistas já ajudaram o empresário a construir seu império. O mínimo que ele deveria fazer em retribuição seria investir num estudo ou em alguma forma de ajudar as regiões que ele citou. Abrir a boca para falar asneiras é um ataque a milhões de irmãos brasileiros”, completa Araújo.

O presidente do Consedic ainda diz que Norte e Nordeste são roubados e achincalhados, “como atualmente em bilhões de reais de recursos do orçamento secreto federal que deveriam estar combatendo a pobreza, mas que estão sendo usados para a compra de mansões, aeronaves e gado”.

“Isso sim deveria estar sendo apontado, investigado e criticado por quem diz querer o crescimento do nosso país”, conclui Araújo.

Em sua publicação, Hang escreveu que “o desenvolvimento de um país, estado ou município tem tudo a ver com a cor dos partidos políticos que o administram.”

“Qual é a cor do prejuízo? Vermelho. Qual é a cor do perigo? Vermelho. E assim vai. Pense muito bem antes de votar em 2022: quem vota no vermelho, fica no vermelho”, completou.

Por Guilherme Seto