Operação da PF que investiga juízes no Ceará apreende R$ 930 mil em espécie – Mais Brasília
FolhaPress

Operação da PF que investiga juízes no Ceará apreende R$ 930 mil em espécie

Investigação continua para apurar procedência desses valores

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A PF (Polícia Federal) deflagrou nesta sexta (20/5) a Operação Skiagraphia com o objetivo de “desmantelar esquema de corrupção” que contaria com a participação de juízes federais, advogados, empresários e servidores públicos em Fortaleza, no Ceará. Os agentes apreenderam R$ 930 mil em espécie ao cumprir um mandado de busca e apreensão em um escritório de advocacia na capital paulista. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

O valor apreendido, explica a PF, tem “suspeitas de origem ilícita, sendo providenciado depósito bancário à disposição do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. A investigação continua para apurar a procedência desses valores apreendidos e vínculo com os fatos investigados”. As informações são da Agência Brasil.

Além do mandado no escritório, a operação, que contou com a participação de 90 policiais federais, cumpriu ao todo 19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Brasília (SP), São Paulo (SP), Recife (PE) e Dourados (MS).

De acordo com a PF, as investigações tiveram início em 2019 após informações fornecidas pela Procuradoria da Fazenda Nacional, apontando “indícios de participação de magistrados, advogados e empresários devedores do Fisco Federal em ações em curso na Justiça Federal entre os anos de 2012 a 2016 e que resultaram em prejuízo bilionário aos cofres da União”.

A PF acrescenta que foram investigadas “suspeitas de ilicitudes na condução de processos de execuções fiscais dos grandes devedores da União, vínculos suspeitos entre magistrados e advogados, fluxo financeiro suspeito e falsificação documental com simulação de intimações da União, com prejuízo à Fazenda Nacional em benefício de empresários”.

Caso as suspeitas se confirmem, os investigados poderão responder por crimes de corrupção ativa e passiva; lavagem de dinheiro; e organização criminosa. Se condenados, as penas podem chegar até 42 anos de prisão. As investigações da PF seguirão ocorrendo para a análise dos materiais apreendidos.