Polícia deflagra operação contra grupo que forjava acidentes para receber o seguro
Em um dos casos, os suspeitos lucraram R$ 750 mil. Uma lancha foi apreendida na manhã deste sábado (17)
Na tarde da última sexta-feira (16/4), a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Navio Fantasma, que investiga um grupo criminosa que forjou acidentes automobilísticos para receber o valor do seguro.
Nessa etapa, a Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), por meio da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) apreendeu uma lancha, de 29 pés, em um clube do Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES).
Segundo as apurações, nos últimos dois anos, o grupo investigado forjou cinco acidentes automobilísticos. De acordo com os agentes policiais, foram destruídos dez automóveis em acidentes deliberados no Setor de Clubes e na DF-140, entre os quais três BMW´s, uma Porsche e um Chrysler.
Para dificultar a investigação, os registros dos acidentes eram feitos na Delegacia Eletrônica e os criminosos se revezavam na condição de condutor, segurado (contratante), terceiro envolvido e recebedor da indenização. O grupo criminoso também criou cinco empresas de fachada, em nome das quais eram registrados os veículos.
Em nota, a PCDF informou que em dezembro de 2019, os falsários incendiaram uma embarcação de 50 pés às margens do Lago Corumbá, o município goiano de Caldas Novas. Eles receberam do seguro R$ 750 mil.
A primeira fase da operação foi realizada em setembro do ano passado, com as investigações seguindo até chegar a uma oficina de um clube no Setor de Clubes. Ali estavam os motores e as rabetas da lancha incendiada. A continuidade das investigações também apontou que outra lancha foi incendiada em fevereiro de 2019 em Abadiânia (GO). Nesse caso, eles receberam R$ 200 mil da companhia seguradora.