Professor que fundou grupo em prol de direitos LGBTQIA+ é encontrado morto no PR – Mais Brasília
FolhaPress

Professor que fundou grupo em prol de direitos LGBTQIA+ é encontrado morto no PR

O corpo da vítima foi encontrado quatro dias depois, em seu apartamento, com uma faca cravada no peito

Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (22/12), um suspeito de matar um professor em Curitiba no último dia 15 de dezembro. O corpo da vítima foi encontrado quatro dias depois, em seu apartamento, com uma faca cravada no peito. A prisão do homem de 29 anos ocorreu em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais, após o suspeito se apresentar na delegacia local.

Onírio Carlos Silvestre, 59, era um dos fundadores do Grupo Dignidade no estado, em 1992, que atua pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, e dava aulas de português no Colégio Estadual Professor Cleto, na capital paranaense. Em nota, o Grupo Diversidade disse que, devido à violência do crime, “há suspeita de que se trata de ato homofóbico”.

Silvestre foi morto com várias facadas. A polícia foi chamada devido ao mau cheiro em seu apartamento, onde o corpo foi encontrado.

De acordo com as investigações do DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), sob comando da delegada Tathiana Guzella, após matar a vítima, o suspeito furtou cartões de crédito, celular e o carro do professor, um Ônix vermelho, e fugiu para Ponta Grossa, cidade onde mora.

A motivação do crime ainda não foi esclarecida, bem como a relação do suspeito com a vítima. O corpo do professor foi enterrado na última segunda (20/12), em Ponta Grossa (PR).

“A comunidade do Cleto lamenta a morte do professor e presta os mais sinceros sentimentos aos familiares, colegas e amigos”, disse a escola em uma nota divulgada nas redes sociais. Vários ex-alunos e colegas de trabalho de Silvestre também manifestaram pesar pela morte do docente.

A DHPP pede que, quem tiver qualquer informação que possa contribuir para apuração do caso, entre em contato com a Polícia Civil pelo telefone 0800 643 1121 (a informação pode ser anônima).

Por Andréia Martins