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FolhaPress

Renato Cariani é indiciado pela PF por associação para o tráfico e mais 2 crimes

Carini foi à sede da PF, na zona oeste de São Paulo, no começo da tarde, para prestar depoimento

Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

A Polícia Federal indiciou o empresário e atleta Renato Cariani, 47, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Ele é investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de produtos químicos para a fabricação de drogas como cocaína e crack.

Carini foi à sede da PF, na zona oeste de São Paulo, no começo da tarde, para prestar depoimento.
A reportagem procurou Cariani, mas por volta das 19h o empresário respondeu que ainda estava na PF e que o depoimento não havia acabado. Ele disse que vai se manifestar depois.

Em vídeo divulgado nas redes sociais na última sexta (15), Cariani voltou a negar as acusações.
Com 7,5 milhões de seguidores no Instagram, o influencer fitness afirmou que é uma vítima, que tem inimigos e que seu sucesso profissional incomodou outros empresários do ramo em que trabalha.

De acordo com a PF, o influenciador abastecia uma rede de tráfico de drogas comandada por criminosos do PCC.
O principal elo entre Cariani e a facção seria, segundo a investigação, Fábio Spinola Mota, apontado como membro PCC e preso no início deste ano na Operação Downfall da PF -que investigou um esquema de “tráfico internacional e interestadual de drogas, com diversas ramificações no país”.

Mota, que ficou preso até o mês passado, foi um dos alvos da operação da PF de São Paulo, a Hinsberg, assim como o próprio Cariani e a sócia dele em uma empresa para venda de produtos químicos, a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda.

A hipótese da polícia é que parte do material adquirido legalmente pela Anidrol era desviada para a produção de cocaína e crack. Para justificar a saída dos produtos, eram emitidas notas fiscais falsas e depósitos em nome de laranjas, usando indevidamente o nome da multinacional AstraZeneca.

De acordo com a investigação, foram desviadas cerca de 12 toneladas de produtos como acetona, éter etílico, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, substâncias utilizadas na produção de cocaína e crack.

Cariani não nega que mantinha uma relação com Mota, mas diz que o conhecia devido a uma loja automotiva, para onde o influenciador levava carros para manutenção ou reparos. Afirma ainda que eles não tinham intimidade e que nunca visitou a casa do lojista, nem ele a sua.

O influenciador disse, contudo, que Mota é muito conhecido e que por isso há imagens em que ele aparece ao lado do empresário em ocasiões como almoços, anexadas ao processo. “Ele é muito conhecido, tive a oportunidade de encontrá-lo em ações sociais.”

Por Rogério Pagnan e Francisco Lima Neto