SP tem 40% de UTIs para Covid ocupadas e, pela 1 ª vez desde 2020, não registra cidades com leitos lotados – Mais Brasília
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SP tem 40% de UTIs para Covid ocupadas e, pela 1 ª vez desde 2020, não registra cidades com leitos lotados

Em 1º de agosto, a ocupação de UTIs ficou abaixo de 50% pela primeira vez desde novembro do ano passado

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Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O estado de São Paulo registrou, neste sábado (21/8), ocupação de 40,3% nos leitos de UTI para Covid. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, pela primeira vez desde abril de 2020, nenhum município teve UTIs para Covid lotadas no estado.

A ocupação de UTIs para Covid está em queda em São Paulo desde junho, quando, no dia 1º daquele mês, era de 81,3%.

Em 1º de agosto, a ocupação de UTIs ficou abaixo de 50% pela primeira vez desde novembro do ano passado, quando, no dia 24, era 49,4%. A partir daquele momento, iniciou-se um crescimento das ocupações que chegou a mais de 92% em abril deste ano.

A secretaria também aponta que, no momento, há 7.495 pessoas internadas com Covid, das quais 3.842 em UTI e 3.653 em enfermarias. Os valores já chegaram a ser de mais de 31 mil pacientes hospitalizados.

Com a melhora dos índices nos últimos meses, as medidas restritivas para prevenção de uma maior circulação do Sars-CoV-2 têm sido relaxadas. O governador João Doria (PSDB) chegou, inclusive, a reduzir o Centro de Contigência da Covid, composto por especialistas.

Bares, restaurantes, comércios e serviços já podem atender com 100% da capacidade e sem horário limite de funcionamento. Além disso, Doria anunciou que a etapa paulista da F1, em novembro, será realizada com o autódromo de Interlagos lotado.

A ampla flexibilização ocorre no momento em que a variante delta dá indicações de avançar no Brasil, em especial no Rio de Janeiro até o momento. A cepa é mais transmissível e com escape vacinal, o que vem causando aumentos expressivos de casos em outros países.

Israel, por exemplo, onde a porcentagem da população com cronograma vacinal completo é maior do que em Sâo Paulo, teve que retomar medidas restritivas para impedir um avanço ainda maior da delta e começou a dar 3ª doses dos imunizantes contra a Covid.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, crescem os casos e as internações.

Especialistas têm demonstrado preocupação com a flexibilização em São Paulo e alertado que a situação é de cautela, exatamente pela transmissão comunitária no Brasil da variante delta.