Suspeitos de tentar matar 'trafigata' são presos no Paraná – Mais Brasília
FolhaPress

Suspeitos de tentar matar ‘trafigata’ são presos no Paraná

Em janeiro, ela foi vítima de uma tentativa de homicídio

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná prendeu na manhã desta quinta-feira (17/2) dois homens suspeitos de atirarem contra Camila Marodim, 27, acusada de tráfico de drogas e conhecida como “trafigata”. Em janeiro, ela foi vítima de uma tentativa de homicídio quando chegava a sua casa, em Curitiba.

Douglas Soares Figuereido e Geovane Soares Machado, conhecido como “Menor”, foram presos em operação na capital paranaense e no município de Pinhais, na região metropolitana. Com apoio de um helicóptero que sobrevoou o local, os policiais arrombaram a porta e efetuaram as prisões.
Investigada por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, Camila nega os crimes e, atualmente, está presa por descumprir a prisão domiciliar.

Os suspeitos, que são primos, devem responder por homicídio tentado qualificado e tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, com prazo de 30 dias.
“A origem de tudo isso é uma briga pelo tráfico de drogas. São organizações que lutam pelo controle do território. Sem dúvida, existem outras pessoas que agiram direta ou indiretamente [no crime]”, afirma o delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa, Tito Barrichello.

De acordo com a polícia, a dupla tem diversos antecedentes. Geovane por tráfico de drogas, uso de documentos falsos, posse de arma de fogo e por propiciar fuga de presos. Douglas tem passagem por roubo e porte de arma.

Com eles, os policiais encontraram um carregador de arma de fogo, um colete à prova de balas e um bloqueador para celulares e internet, geralmente usado para roubos de cargas e para interromper o sinal das tornozeleiras eletrônicas.

Os suspeitos foram identificados após mais de duas semanas de investigação. Levados à delegacia, permaneceram em silêncio.
Eles são acusados pela tentativa de assassinato de Camila e de Paulo Sérgio Veiga de Almeida, em 31 de janeiro no bairro Alto Boqueirão, na região sul de Curitiba. O atentado foi flagrado por câmeras de segurança.

A dupla voltava de carro do supermercado quando, ao estacionar na frente de casa, foi alvo de cerca de 20 tiros disparados de pessoas que estavam em um Fiat Pálio. Camila se escondeu no banco de trás do carro e, em seguida, correu para dentro da residência. Ela saiu ilesa, já Paulo teve inúmeras perfurações no abdômen e segue internado no hospital.

Segundo o advogado Nilton Ribeiro, que defende os suspeitos, a linha de investigação da polícia está equivocada. “[Os policiais] estão seguindo uma denúncia da própria ‘trafigata’ que acusa um dos rapazes. Esta pode ser uma linha de defesa para ela própria. Ela está presa e pode ter interesse em acusar alguém para dizer que está sendo perseguida”, afirma o defensor.

Como os suspeitos usam tornozeleira eletrônica, o advogado acredita que a investigação vai demonstrar que eles estavam em outro local no momento do crime.
O advogado de Camila, Claudio Dalledone, comemorou as prisões. “Não iremos de forma alguma deixar passar em branco e todos aqueles que pretendem de uma maneira ou da outra fantasiar a morte dela estejam certos que a penitenciária é o caminho e o destino daqueles que imaginar acabar com a vida de Camila Marudim”, afirmou.

Por Andrea Torrente