UFMG e ministério firmam convênio para centro de produção de vacinas – Mais Brasília
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UFMG e ministério firmam convênio para centro de produção de vacinas

Centro Nacional de Vacinas (CT Vacinas) terá dois blocos com diversos laboratórios

Foto: Reprodução

O Brasil terá um novo centro de produção de vacinas focado em imunizantes para doenças tropicais negligenciadas e outras enfermidades. O projeto, coordenado por Ricardo Gazzinelli, pesquisador da Fiocruz-Minas e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem como objetivo elucidar o abismo científico entre a pesquisa em laboratório e o desenvolvimento propriamente dito de vacinas no país.

A obra para construção do novo edifício, que será em um espaço já ocupado na sede do BH-TEC, ligado à UFMG, em Belo Horizonte (MG), teve convênio firmado com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação no dia 8 de dezembro.

O Centro Nacional de Vacinas (CT Vacinas) terá dois blocos com diversos laboratórios, salas de estudo, escritórios, biotério, centro de ensaios clínicos e fábrica de boas práticas de manufatura, onde será produzido o IFA das vacinas.

“Na história do Brasil não temos uma vacina de uso humano que foi iniciada e desenvolvida completamente no país, então nossa proposta como centro é montar uma estrutura para viabilizar essa produção e criar soberania nacional no desenvolvimento de vacinas”, afirma.

Um dos projetos em parceria com o novo centro de vacinas é o estudo da vacina de malária, do grupo da biomédica e professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas Irene Soares.

A pesquisadora espera que, com o novo centro, essa e outras vacinas possam se beneficiar do crescimento em escala para produção de doses, principal obstáculo enfrentado pelos laboratórios e instituições de pesquisa públicos.

O custo total do projeto será de cerca de R$ 80 milhões, dos quais R$ 50 mi foram aportados pelo MCTI e o restante pelo governo do estado de Minas Gerais. A área total do novo prédio terá 7,4 mil m2. A primeira etapa da construção corresponde ao bloco 1 e já teve início a um custo estimado em R$ 40,8 mi.

Por Ana Bottallo