Vídeo: moradora da Asa Norte é vítima do golpe do motoboy e tem prejuízo de R$ 4 mil – Mais Brasília
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Vídeo: moradora da Asa Norte é vítima do golpe do motoboy e tem prejuízo de R$ 4 mil

Criminosos tentaram fazer duas compras com os cartões da vítima, uma no valor de R$ 51 mil e outra no valor de R$ 19 mil

Reprodução

Uma senhora de 68 anos, moradora da Asa Norte, foi vítima de um golpe, aplicado por supostos funcionários de um banco, na tarde dessa quinta-feira (29/7).

No início da tarde, a vítima recebeu, no telefone fixo de casa, uma ligação de uma mulher se identificando como funcionária da Central de Segurança do Banco do Brasil.

A suposta funcionária perguntou para a senhora se ela reconhecia uma compra no valor de R$ 1,8 mil, feita em Sobradinho. A vítima disse desconhecer a compra e foi orientada pela mulher a entrar em contato com o banco e pedir uma perícia dos cartões de crédito.

De imediato, a senhora ligou para o número do Banco do Brasil, mas o que ela não imaginava é que a ligação tinha sido captada por outra mulher do mesmo grupo criminoso. “Na verdade, o que me disseram é que a mulher nem chegou a desligar, ela ficou na linha me esperando ligar para o banco”, contou a vítima, que prefere não ser identificada.

A senhora ficou a tarde inteira no telefone com a suposta funcionária, passou seus dados pessoais para ela e ainda escreveu uma carta, a pedido da mulher, autorizando a perícia nos cartões de crédito.

“Nesse momento, ela pediu para que eu colocasse a carta e os dois cartões dentro de um envelope e disse que um motoboy viria buscar o material em casa”, relatou a vítima.

Vídeo: veja o momento em que o motoboy chega no endereço, na Asa Norte.

A senhora entregou o envelope para o motoboy e, enquanto isso, a suposta funcionária continuava na linha. “Foi quando ela me pediu para desligar o celular porque precisava fazer uma varredura nos aplicativos. Ela ficou me enrolando no telefone, foi nessa hora que os criminosos correram e usaram os cartões”, afirmou a vítima.

Vídeo: veja o momento em que o motoboy se apresenta na portaria do prédio e pega os cartões de crédito com a vítima.

Os suspeitos tentaram fazer duas compras,  uma no valor de R$ 51 mil e outra no valor de R$ 19 mil, mas não conseguiram. Em seguida, eles fizeram quatro saques de R$ 1 mil cada.

“Só depois disso, a mulher me liberou para ligar o celular. Foi aí que eu vi as mensagens chegando com informações sobre a movimentação bancária”, acrescentou a senhora.

A vítima contou ainda que, em nenhum momento, desconfiou da mulher que estava do outro lado da linha. “Pelo contrário, eu até elogiei a paciência e o profissionalismo dela. A verdade é que esses criminosos são muito bem treinados e bons de lábia. Nunca imaginei que ia ser enganada ao ligar para o próprio banco”, disse.

A senhora é hipertensa e chegou a passar mal quando soube que tinha caído em um golpe. Ela precisou ser levada para o hospital, mas passa bem e fez questão de fazer um alerta. “Tomem cuidado, eles enganam a gente com a maior facilidade”.

Nesta sexta-feira (30/7), a senhora procurou o Banco do Brasil e encontrou mais duas mulheres vítimas do mesmo golpe, sendo que uma perdeu R$ 70 mil e a outra R$ 100 mil.

A vítima já procurou a Polícia Civil já registrar um boletim de ocorrência.

Em nota, o Banco do Brasil informou que não faz buscas de cartões dos clientes para perícia e que não solicita a digitação de senhas durante contatos telefônicos. Reiterou ainda que não envia mensagens via SMS ou Whatsapp e que não liga, nem encaminha e-mails com links com solicitação de dados pessoais.

O banco também orientou os clientes a não aceitarem ajuda de estranhos e tampouco fornecerem suas senhas e cartões a terceiros, inclusive, funcionários.

Ainda de acordo com o Banco do Brasil, todas as reclamações de movimentações financeiras não reconhecidas pelos clientes resultam na abertura de um processo de contestação. Posteriormente, esse processo é analisado pela área técnica que define sobre a responsabilidade das partes e sobre o ressarcimento ou não dos valores contestados.

Veja mais um vídeo do caso.