Após achar explosivo em faculdade, PCDF cumpre mandado contra aluno
Do Mais Brasília

Após achar explosivo em faculdade, PCDF cumpre mandado na casa de estudante

O artefato foi encontrado no banheiro masculino do prédio onde funciona a faculdade de fisioterapia, em 23 de abril deste ano

Materiais usados para produzir explosivos
Materiais de metalurgia que são usados na fabricação de artefatos explosivos artesanais. Foto: Divulgação/PCDF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), cumpriu dois mandados de busca e apreensão na residência de um estudante da Universidade Paulista (Unip), na manhã desta quarta-feira (2/6).

A operação ocorreu após ser localizado um artefato explosivo no banheiro masculino da instituição, no prédio onde funciona a faculdade de fisioterapia, em 23 de abril deste ano. Segundo os policiais, na casa do suspeito foram encontrados materiais de metalurgia que são usados na fabricação dos itens artesanais. O aparelho celular do aluno também foi apreendido pela corporação para ser periciado.

“Nesse telefone, a polícia constatou algumas mensagens que indicavam que foi ele quem deixou o artefato explosivo na universidade, inclusive, mensagens comemorando a localização do artefato explosivo. O aluno vai responder pelo crime de detenção de artefatos explosivos, punido no estatuto do desarmamento com reclusão de três anos”, disse o delegado da Corpatri, Luís Fernando Cocito.

Artefato explosivo

O laudo do Instituto de Criminalística da PCDF constatou que o artefato encontrado na universidade se tratava de explosivo contendo dispositivo de iniciação e material com pólvora, sendo considerado eficiente e apto para gerar uma explosão.

A respeito dos riscos, os peritos criminais entenderam que o material trazia perigo à integridade física e ao patrimônio, pois a explosão causaria “fragmentação de objetos próximos,  projeção de material com potencial lesivo e ondas de pressão, calor e de choque, entre outros efeitos danosos”. Diante disso, a explosão teria efeitos análogos aos da dinamite.

A investigação inicial indicou que o item foi deixado pelo estudante no banheiro para impedir a realização de uma avaliação prática do curso de fisioterapia, que ocorreria no período da tarde. O aluno prestou declarações à Corpatri na condição de investigado. As investigações do caso continuam.