Bebês de UTI neonatal do HRC vestem a camisa na torcida pelo hexa – Mais Brasília
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Bebês de UTI neonatal do HRC vestem a camisa na torcida pelo hexa

Projeto do Hospital Regional de Ceilândia busca promover a saúde mental das famílias atendidas

Foto: Marcos Bomtempo

Os menores torcedores do Brasil vestiram a camisa pela conquista do hexa. Pequenas só mesmo no tamanho, as crianças atendidas na Unidade de Neonatologia (Uneo) do Hospital Regional de Ceilândia (HRC) já estão vestidas para a estreia do Brasil na Copa.

O projeto Campeões da Uneo vestiu com as cores da seleção 24 pequenos pacientes que todos os dias entram em campo para vencer uma Copa do Mundo pela vida.

A psicóloga Denise Percílio explica que o principal objetivo de ações como essas é promover a integração das famílias à equipe multidisciplinar responsável pelo cuidado.

“Quando nasce um prematuro, nasce uma família prematura”, conta. Enquanto as crianças têm protocolos de atendimento específicos e o suporte de equipamentos e medicamentos necessários para o suporte à vida, ações de acolhimento são realizadas para promover a saúde mental de cuidadores.

“O nosso serviço maior aqui é escutar essas famílias, acolher e ter empatia por cada um, pela particularidade de cada um. Todos da equipe, desde o médico até a assistente social, dentro da sua competência técnica, abordam e acolhem as famílias”, explica a supervisora de enfermagem da Uneo, Raíssa Alves de Sousa.

O projeto Campeões da UNEO contou com a participação de fotógrafos voluntários e das organizações não governamentais Tricosturando, Mãe Generosa e Pedacinho do Afeto BSB, que criaram peças de roupas temáticas para a copa e doaram um enxoval para cada bebê.

“Para essas mães que estão aqui há muito tempo, elas precisam ter a esperança de que vão para a casa com os seus bebês”, conta a supervisora.

A Uneo acolhe tanto crianças recém-nascidas com graves problemas de saúde quanto prematuras extremas, que nasceram com menos de 30 semanas de gestação, quando o indicado é esperar pelo menos 37.

São mais de 100 servidores na equipe interdisciplinar, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicóloga, além de contar com o apoio dos demais setores do HRC para atender os pacientes de 25 leitos, sendo dez de cuidados intensivos, dez de cuidados semi-intensivos e cinco de preparação para a alta.

Batizado de Mês da Prematuridade, novembro também é marcado por ações de capacitações para os servidores que atuam na área. Entre os dias 14 e 17, a Uneo do HRC promoveu oficinas sobre dor e estresse, posicionamento e aleitamento, além de encontros com as mães de crianças internadas.