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Chega em Brasília primeiro preso extraditado de Lisboa suspeito de aplicar golpe do falso investimento

Ele estava detido desde março de 2023, suspeito de aplicar golpes em brasileiros, oferecendo falsos investimentos na bolsa de valores

Foto: Reprodução/Redes sociais

Na tarde dessa quinta-feira (1º), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) extraditou de Lisboa, em Portugal, o primeiro preso da Operação Lobo de Wall Street. Eduardo Omeltech Rodrigues, de 29 anos, foi recepcionado pelos policiais ainda no aeroporto e conduzido à ala federal do Complexo da Papuda, onde aguardará seu processo em prisão preventiva.

Ele estava detido desde março de 2023, suspeito de aplicar golpes em brasileiros, oferecendo falsos investimentos na Bolsa de Valores.

A operação o Lobo de Wall Street revelou uma organização criminosa que, sediada em Portugal, fazia vítimas no Brasil por meio do golpe dos falsos investimentos na bolsa de valores (Ghost-Brokers).

A primeira e segunda fases da operação, deflagradas pela 9ª DP (Lago Norte), ocorreram em março e junho de 2023, respectivamente. Após investigação, a 9ª DP obteve, da 10ª Vara Criminal Federal de Brasília, ordens de prisão preventiva e determinação de cumprimento internacional via difusão vermelha da Interpol contra os integrantes da organização.

Como os criminosos estavam sediados em Lisboa/Portugal, os mandados de prisão foram cumpridos naquele país. Desde então, os presos aguardavam os processos de extradição que correm em autos apartados e intermediados pelo Ministério da Justiça (DRCI).

“A PCDF e a Lei brasileira demonstraram que tem capacidade técnica para alcançar mesmo aqueles que se achavam intocáveis por estarem aplicando os golpes fora do país. “Depois de quase um ano de investigações e muito trabalho, tivemos hoje a satisfação de recepcionar um dos criminosos já na saída do avião. Não conseguimos recuperar todos os ativos desviados das milhares de vítimas espalhadas por todo o Brasil, mas que, pelo menos, elas possam ter um pouco de paz e a satisfação de que algo foi feito e os responsáveis não saíram ilesos”, explica o delegado Erick Sallum, da 9ª DP”

Segundo a polícia, existem vítimas que chegaram a perder mais de R$ 1 milhão e tiveram suas vidas pessoais prejudicadas por conta de dívidas contraídas além da capacidade de pagamento.

“Essas pessoas até hoje fazem tratamento psicológico pela profunda depressão.”, acrescenta o delegado. “A epidemia de golpes está cada dia mais aguda e as pessoas precisam redobrar sua atenção”, finaliza.