Comissão da OAB-DF considera racismo o caso da advogada que enviou emoji de banana para colega
O presidente da comissão, Bethoven Andrade, afirma que atribuir a imagem do macaco a um negro reflete um comportamento social
A Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, no Distrito Federal (OAB-DF), considerou que o caso da advogada que usou uma imagem (emoji) de banana para responder uma colega de profissão, negra, em um grupo de WhatsApp, deve ser considerado racismo – crime inafiançável.
Na última quinta-feira (19/8), a Justiça aceitou a denúncia de injúria racial contra Isabela Bueno de Sousa, de 49 anos, acusada pelo crime. Se condenada por injúria, a pena prevista é de 1 a 3 anos de reclusão. No caso do racismo, a sentença varia de 2 a 5 anos de prisão.
O presidente da comissão da OAB-DF, Bethoven Andrade, afirmou que, como o processo não foi julgado, a instituição não pode comentar sobre o mérito do processo. Entretanto, ele afirma que atribuir a imagem do macaco a um negro reflete um comportamento social.
“Essa mera atribuição do macaco à pessoa negra, ela não deveria ser vista como injúria racial, mas sim como crime de racismo propriamente dito”, afirmou Bethoven.