Criminosos passavam-se por senadores para extorquir vítimas em todo o Brasil – Mais Brasília
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Criminosos passavam-se por senadores para extorquir vítimas em todo o Brasil

Segundo a polícia, os membros dessa organização criminosa que atuava em todo território nacional eram especializados em crimes de fraude eletrônica

Foto: PCDF/Divulgação

Nesta terça-feira (27), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou uma quadrilha de criminosos que fingiam ser senadores para extorquir pessoas em todo o Brasil.

Os investigados, um homem, de 26 anos, e quatro mulheres, de 22, 25, 41 e 43 anos de idade, são apontados como os responsáveis por contatar as vítimas e se passar pelos políticos. Os autores irão responder pelos crimes de associação criminosa, falsa identidade e estelionato, cujas penas somadas podem atingir nove anos de
reclusão.

Por meio da 5ª DP, com o apoio operacional das Polícias Civis do Piauí e Maranhão – PCPI e PCMA, a PCDF deflagrou a Operação Alto Escalão 2, para o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Timon, em MA e Teresina, no PI.

Segundo a polícia, os membros dessa organização criminosa que atuava em todo território nacional eram especializados em crimes de fraude eletrônica.

Os criminosos agiam da seguinte maneira: cooptavam vítimas passando-se por personalidades políticas, especialmente por senadores, “clonando” perfis de Whatsapp, utilizando-se das imagens e nomes para “negociar” dinheiro.

Os autores entravam em contato com as vítimas e informavam que havia uma doação disponível. Informavam ainda que o prazo estava em vias de se esgotar e, neste momento, os criminosos solicitavam que as vítimas efetuassem um depósito em dinheiro ao motorista do caminhão em que os produtos estavam, para serem entregues na região da vítima.

A investigação policial teve início em junho de 2023, após alguns senadores vítimas terem procurado a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes.

Após sete meses de investigação, foi constatado que os autores também utilizavam perfis falsos de outras autoridades e, em muitos dos casos, eles utilizavam vários números telefônicos cadastrados em nome do mesmo
parlamentar.