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Declaração do governador sobre assembleia de professores recebe críticas

O chefe do Executivo qualificou o ato “absurdo, desnecessário e político”

Foto: Reprodução

Deputados distritais criticaram as declarações do governador Ibaneis Rocha sobre a assembleia dos professores da rede pública, realizada nesta terça-feira (22/2).

O chefe do Executivo qualificou o ato “absurdo, desnecessário e político”, de acordo com o deputado Professor Reginaldo Veras (PDT), que levou o tema ao plenário da Câmara Legislativa, durante a sessão ordinária da tarde de hoje.

“Governador, respeite os professores”, declarou o parlamentar.

Veras argumentou que a assembleia com paralisação das aulas, além de um ato democrático, é necessária para garantir o comparecimento da categoria.

“A mobilização dos professores pode até causar um problema pontual, mas corrige muitos outros a médio e longo prazo”, observou. Na visão dele, o GDF tem promovido “a cooptação de sindicatos”, mas, garantiu, “isso não vai acontecer com os professores”, representados pelo Sinpro.

A deputada Arlete Sampaio (PT) acrescentou que “o governador não pode confundir a população com suas mentiras”.

Para ela, Ibaneis, “que faz de toda ação de que participa uma atividade de campanha política, não pode criticar a intenção de uma diretora do Sinpro ser candidata”.

Já o deputado Fábio Felix (Psol) lamentou que a assembleia não pôde ser realizada na Praça do Buriti, onde comumente ocorria.

“O governador invocou uma legislação que não condiz com a tradição daquele local”, comentou. O distrital ainda condenou o que chamou de “diálogo ruim” entre o GDF e os professores.

O déficit de profissionais para apoiar os professores em sala de aula, como monitores e educadores sociais, tema de audiência pública da CLDF nessa última segunda (21), foi abordada pelo deputado João Cardoso (Avante).

Para ele, o problema pode ser resolvido com a convocação de monitores já aprovados, que estão no cadastro reserva.

O parlamentar disse que tem feito gestões junto ao GDF e acredita que 1,4 mil desses concursados podem ser chamados brevemente.

Por sua vez, o deputado Leandro Grass (Rede) apresentou imagens do Centro de Ensino Fundamental 1, na Vila Planalto, mostrando uma série de problemas da escola, inaugurada em março do ano passado.

As fotos revelam diversas situações: infiltração, risco de desabamento do teto, mofo e rachaduras; um refeitório sem mesas nem cadeiras e, pelo menos, uma janela prestes a cair.

“Isso representa o descaso do governador com o patrimônio e o desrespeito com a educação pública”, afirmou.

 

Por Marco Túlio Alencar, da Agência CLDF