DF: Professora é ameaçada após corrigir aluna que disse que Moraes acabou com as leis

O caso aconteceu na última quarta-feira (17), no Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama

Uma professora de uma escola pública do Distrito Federal foi ameaçada após corrigir uma aluna que escreveu em uma redação que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia acabado com as leis no país. As informações são do portal Metrópoles. Segundo o portal, a mãe da estudante disse que não aceitaria que a filha fosse “d0utrinada” e que “esfregaria o celular na cara” da professora para mostrar que a docente estava errada.

O caso aconteceu na última quarta-feira (17), no Centro de Ensino Médio (CEM) 1 do Gama. A aluna, do 2º ano, escreveu a informação na atividade escolar, e a professora explicou que, com base na Constituição Federal, que não cabe ao Poder Judiciário elaborar leis, que este é papel do Poder Legislativo.

Neste momento, a estudante ligou para a mãe e relatou o que a professora havia falado. Imediatamente, a mãe da aluna enviou um áudio no WhatsApp para a supervisora da escola para condenar a conduta da professora, que classificou como “d0utrinação”.

Segundo o diretor do CEM 1, a mãe disse ainda que era amiga do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG). Também afirmou que esfregaria o celular “na cara da professora para mostrar que as leis foram mudadas”, caso a escola não “desse um jeito” na situação.

Depois, a mãe da estudante foi ao colégio pessoalmente, repetiu as agressões verbais e disse que iria “atrás dos [próprios] direitos”. Ainda conforme o diretor da instituição de ensino, a professora entregou um atestado médico que a afastou das atividades laborais por 30 dias, devido ao abalo psicológico sofrido.

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