Dono das lojas Tesoura de Ouro é preso em operação contra lavagem de dinheiro de R$ 45 mi no DF – Mais Brasília
Agência Globo

Dono das lojas Tesoura de Ouro é preso em operação contra lavagem de dinheiro de R$ 45 mi no DF

Juraci também é investigado por sonegação

Foto: Reprodução

Dono das lojas Tesoura de Ouro é preso: A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação contra crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos, que chegam a um montante superior a R$ 45 milhões de prejuízos aos cofres do Governo do Distrito Federal. Suspeito de encabeçar a organização criminosa, o dono da marca de varejo Tesoura de OuroJuraci Pessoa de Carvalho, foi preso na manhã desta quinta-feira. A ação foi batizada de Operação Sarto e mobilizou cerca de 120 policiais.

Juraci Tesoura de Ouro, como é conhecido o empresário de 63 anos, foi candidato a deputado federal em 2018 pelo Republicanos. Já em sua candidatura, ele respondia a ações na Justiça por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Em 2022 ele concorreu novamente ao cargo, pelo mesmo partido.

De acordo com a delegada-adjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária, Marcela Batista Lopes, a Operação Sarto investiga o uso de pelo menos 123 empresas fictícias ou de fachada para a emissão de notas fiscais fraudulentas pelo grupo. O objetivo era evitar o pagamento de impostos. Essas empresas estavam em nomes de laranjas, que viviam rotinas que não condiziam com os valores milionários movimentados pelas empresas, segundo a Polícia Civil.

— As empresas de fachada comumente eram constituídas em nome de pessoas interpostas. Normalmente funcionários. Apenas com um funcionário com a função de motorista, foram identificados 47 CNPJs vinculados. O objetivo é blindar os reais responsáveis pela sonegação fiscal e beneficiários do esquema criminoso — afirmou a delegada.

Juraci foi preso em uma academia no Sudoeste do Distrito Federal. Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em empresas e residências de investigados nas regiões administrativas Sudoeste, Águas Claras, Vicente Pires, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Recanto das Emas, Ceilândia, além de Planaltina de Goiás e Cidade Ocidental, em Goiás.

Se condenados, os alvos podem pegar até 28 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.

*VIA O GLOBO