“Eu estou em choque”, diz tutora sobre laudo do cachorro que morreu no pet shop

Documento revela que o cão veio a óbito em decorrência de asfixia e hemorragia

“Eu estou em estado de choque”, desabafou a empresária Larissa Marques de Carvalho, de 34 anos, tutora do cachorro Flock, da raça Spitz, após ter recebido o laudo de necropsia da Universidade de Brasília (UnB) sobre a morte do animal. O documento revela que o cão veio a óbito em decorrência de asfixia e hemorragia.

“O meu sentimento é de revolta. Eu levei o meu filho para tomar banho e devolveram ele morto. Eles [pet shop] mentiram pra mim que tinha sido um mal súbito. Ele não tinha doença nenhuma e nunca passou mal. É terrível e é desolador”, afirmou Larissa.

O caso ocorreu em 15 de setembro quando a empresária deixou o cãozinho para tomar banho no pet shop Personal Dog, localizado na Asa Norte, por volta das 10h e ficou de buscá-lo ao meio-dia. Minutos antes do horário combinado, ela recebeu uma ligação do estabelecimento informando que havia ocorrido um problema com o animal.

Ao chegar no estabelecimento, a empresária encontrou o corpo do Flock nos braços de um veterinário, que afirmou que o animal havia tido um mal súbito. No entanto, segundo o laudo da UnB realizado a pedido de Larissa, descartou essa possibilidade.

O documento aponta que o cachorrinho tinha 1,82 kg e perdeu aproximadamente 48% do volume de sangue total para a cavidade abdominal, resultando em choque hipovolêmico e, consequentemente, a morte.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Justiça

“Eu acredito muito que a justiça vai ser feita, porque a polícia está fazendo um trabalho super responsável”, declarou a tutora do cachorrinho. Após o ocorrido com Flock, o estabelecimento registrou um boletim de ocorrência contra a mulher pelos crimes de dano patrimonial e contra a honra.

No processo contra ela, ainda foi anexada uma nota no valor de R$ 1,4 mil pelas despesas mais os custos do banho do animal. Só depois disso é que Larissa também registrou uma ocorrência contra o pet shop.

“Eu espero muito que a justiça seja feita, porque eu não gostaria que ninguém passasse pela dor que eu estou passando. É muito ruim. Ele [pet shop] tem que pagar pelo que fez, tirou uma vida e ainda mentiu”, disse a empresária.

Ela contou ainda que depois da morte do Flock ficou traumatizada e está afastada do trabalho. “Eu estou fazendo tratamento psicológico e psiquiátrico. Então, a perda dele está sendo algo irreparável e tirou o meu chão”, declarou.

Outro lado

Questionada pelo Mais Brasília, o pet shop Personal Dog enviou uma nota de pesar sobre a morte do cão. “A Personal Dog, seus sócios e colaboradores expressam seu pesar pelo falecimento do cãozinho Flock ocorrido no dia 15 de setembro, único evento dessa natureza em mais de 20 anos de funcionamento da empresa”.

“O compromisso com a qualidade e segurança dos nossos serviços e com tratamento humanizado dos nossos clientes são a missão de nossa empresa, sendo por demais doloroso o sofrimento a que todos estamos suportando com o falecimento de Flock”, disse a empresa.

O pet shop afirmou ainda que desconhece o “teor do suposto laudo produzido pela Universidade de Brasília e quando tivermos acesso ao documento nos pronunciaremos sobre o seu conteúdo”.

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