Fazendeiro torna-se réu por auxiliar a fuga de Lázaro Barbosa e por posse ilegal de arma
Do Mais Brasília

Fazendeiro torna-se réu por auxiliar a fuga de Lázaro Barbosa e por posse ilegal de arma

Juíza que analisou o caso afirmouq ue os elementos apontados pela investigação “são suficientes para a instauração do processo penal”

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Foto: Reprodução/TV Globo

O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, se tornou réu por ajudar na fuga de Lázaro Barbosa, suspeito de cometer uma chacina no DF, e por posse ilegal de arma na noite dessa terça-feira (6/7). Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Para a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia, que analisou o caso, os elementos apontados pela investigação “são suficientes para a instauração do processo penal”, pois indicam a ocorrência do crime. A magistrada ainda negou o pedido de revogação de prisão preventiva. O caseiro Alain Reis de Santana, preso junto com Elmi, teve o processo arquivado.

Lázaro Barbosa ficou foragido por 20 dias entre as regiões de Edilândia e Cocalzinho de Goiás. Ele morreu em confronto com polícia militar, no dia 28 de junho, na cidade de Águas Lindas de Goiás.

Prisão de comparsas

Elmi Caetano e Alain Reis foram presos no dia 24 de junho em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás. Durante o interrogatório, o fazendeiro ficou em silêncio. Já o caseiro teria dito que Lázaro passou cerca de cinco dias sendo protegido na fazenda de Elmi.

No local, o homem, suspeito de matar uma família em Ceilândia e cometer uma sequência de crimes, tinha acesso a comida, banho, telefone e até mesmo o acompanhamento da cobertura da imprensa sobre seu caso na televisão. Além disso, Lázaro fazia consumo de drogas livremente dentro da residência. O caseiro ainda afirmou para a polícia que chegou a ver o criminoso e que ele conversou com o fazendeiro, proprietário do imóvel.

Rede criminosa

Policiais que investigam o caso de Lázaro Barbosa, 32 anos, acreditam que o autor da chacina em Ceilândia não agiu sozinho. Em entrevista ao Fantástico, no dia 4 de julho, a delegada-adjunta da Delegacia de Homicídios, Rafaela Azzi, disse que ele fazia parte de uma organização criminosa.

“Nessa organização criminosa, a gente já levantou que pessoas importantes participam dela. Nós temos empresários, fazendeiros, políticos”, afirmou a delegada.

Um dos suspeitos envolvido com o criminoso é o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos. As investigações apontam que o homem teria acobertado e dado apoio a Lázaro durante a fuga que durou 20 dias, em Goiás. A polícia encontrou mensagens no celular do fazendeiro que aponta que Barbosa usava a fazenda para se esconder das forças de segurança. “Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, alegou Elmi na gravação.

“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, explica Rafaela Azzi.