Grupo especializado em desvio de cargas é alvo de operação da PCDF; prejuízo é de R$ 2 milhões – Mais Brasília
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Grupo especializado em desvio de cargas é alvo de operação da PCDF; prejuízo é de R$ 2 milhões

Suspeitos utilizavam documentos falsos e caminhões clonados para retirar cargas de alto valor econômico nas empresas

Foto: Divulgação/PCDF

Policiais civis da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) deflagraram, nesta quarta-feira (25/5), a Operação Falsa Imagem, para desarticular grupo especializado em desvio de cargas que deixou prejuízo de R$ 2 milhões. A ação resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão.

Um dos principais alvos da investigação, preso em 2018, pela Corpatri, pelos mesmos crimes, estava em liberdade provisória. Outro envolvido, também em liberdade provisória, já foi preso por roubo com restrição de liberdade e receptação.

Durante as investigações, os policiais identificaram vários delitos praticados pelos integrantes do grupo. Eles utilizavam documentos falsos e caminhões clonados para retirar cargas de alto valor econômico nas empresas.

O grupo ainda tinha acesso a cadastros de motoristas com caminhões registrados sem restrição. Os envolvidos fabricavam documentos com os nomes dessas pessoas, com a foto dos investigados, que eram alternadas a cada carga desviada.

Segundo a PCDF, os investigados procuravam, principalmente, um modelo específico de caminhão. Os criminosos tinham um veículo desse tipo e a cada crime compravam a documentação que seria usada pelo motorista. Eles também fabricavam uma placa para o caminhão.

Os suspeitos, com documentos falsos em mãos, passavam-se por motoristas idôneos e cadastravam o perfil em sites de transportadoras. Após a aprovação da documentação, buscavam a carga no local combinado, que era revendida por 1/3 do valor. Os agentes apuraram que o grupo gerou um prejuízo de R$ 2 milhões.

Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, estelionato, receptação qualificada e uso de documento falso. As penas dos delitos, somadas, podem chegar a 27 anos de prisão