Grupo responsável por fraudar escritura em lote do DF é alvo da PCDF
O grupo tentou transferir uma área rural de mais de 148 hectares com documentos falsos
Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), realizada nesta terça-feira (25/01), teve o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável por falsificar escritura de um imóvel avaliado em R$ 9 milhões.
O crime ocorreu entre 2019 e 2021 e, segundo a PCDF o grupo tentou transferir uma área rural de mais de 148 hectares, localizada no Gama, por meio da falsificação de documentos.
Ao todo, 8 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Gama, na cidade de Águas Lindas, em Goiás, e na capital do estado, Goiânia. Também foram cumpridos mandados em Salvador e em Lauro de Freitas, na Bahia.
De acordo com a polícia, o grupo é composto por cinco integrantes: empresários, um advogado – que já foi preso em flagrante por estelionato – e um antigo tabelião do Cartório de Notas e Registro Civil de Limeira/MG, que produziu uma procuração falsa.
Ainda segundo a corporação, o tabelião foi destituído do cargo em 2015 em razão das inúmeras procurações e escrituras falsas, mas continuou a produzir os documentos mesmo após ter sido desligado do cartório.
Conforme apurado, os investigados invadiram a área rural, falsificaram um documento da Terracap, que informava que era terra é pública, e fizeram um contrato de mútuo de R$ 400 mil com uma financeira, dando como garantia parte do terreno.
A operação foi realizada por meio da Corf (Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes), e as Polícias civis da Bahia e Goiás deflagraram a Operação Looping.
Os envolvidos devem responder por crimes de falsidade ideológica, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, esbulho possessório, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As penas podem ultrapassar 25 anos de reclusão.