Grupo suspeito de aplicar 'golpe do Whatsapp' em idosos é alvo de operação da PCDF – Mais Brasília
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Grupo suspeito de aplicar ‘golpe do Whatsapp’ em idosos é alvo de operação da PCDF

Foram cumpridos quatro mandados de prisão e três de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Goainira e Aparecida de Goiânia

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Policiais civis da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) deflagraram, nesta sexta-feira (13/5), a Operação Hemera para desarticular um grupo suspeito de aplicar, em janeiro deste ano, o golpe do whatsapp em um idoso, de 60 anos.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão e três de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Goainira e Aparecida de Goiânia. A ação contou com o apoio da Polícia Civil do Goiás (PCGO)

Segundo as investigações, a vítima recebeu, via whatsapp, mensagens de texto de um desconhecido, o qual, se passando por seu filho e dizendo estar precisando de ajuda financeira, induziu-lhe ao erro, persuadindo-a a fazer três transferências bancárias, via pix, para contas de diferentes pessoas, causando-lhe o prejuízo total de R$ 14,9 mil.

Durante a apuração, os policiais constataram que duas das transferências realizadas foram efetuadas para a conta de uma mulher, residente em Goiânia (GO); e a outra foi efetuada para um homem, morador de Aparecida de Goiânia.

Os policiais da 38ª DP apuraram ainda que o homem beneficiado com uma das transferências bancárias foi cooptado no esquema criminoso por seu próprio irmão, o qual teria lhe apresentado um esquema no qual emprestassem as próprias contas bancárias para receber, em troca, 5% a 10%, de toda transação que fosse recebida.

Os irmãos informaram, ainda, que após receberem os valores transferidos, deveriam repassá-las para a conta bancária de um homem, morador da cidade de Goianira (GO).

Telefones vinculados ao Ministério Público

As investigações apontaram que, entre o dia 16 de janeiro e 25 de fevereiro deste ano, foram utilizados 154 chips telefônicos, de diferentes operadoras, para enganar o idoso e outras vítimas, chips esses que estavam vinculados a diversos prefixos.

Entre as sete linhas telefônicas, com prefixo do DF, três delas estavam habilitadas em nome do Ministério Público da União (MPU) e vinculado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Das sete linhas identificadas, duas delas foram utilizadas na prática de dois crimes de estelionato ocorridos em janeiro e uma para enganar a vítima a transferir cerca de R$ 15 mil para contas de integrantes do grupo criminoso.

“A ação policial desencadeada nesta manhã teve como objetivo o cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos contra a mulher e o homem beneficiados com as transferências ilícitas, bem como contra o irmão dele e do homem responsável por cooptar a ambos”, destaca o delegado-chefe da 38ª DP, João Ataliba Neto.

Cumpridas as formalidades legais, os envolvidos foram recolhidos à carceragem da PCGO, onde permanecem à disposição da Justiça