Indiciado estelionatário que prometia falsos serviços na internet
Do Mais Brasília

Indiciado estelionatário que prometia falsos serviços na internet

No decorrer das investigações, foram encontradas outras 52 ocorrências contra o homem pelo mesmo crime; Em todas ele agia com o mesmo "modus operandi"

Indiciado por estelionato
Foto de rosto de homem, 37 anos, indiciado pela PCDF por estelionato.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou um homem de 37 anos por estelionato. Na internet, ele prometia a prestação de serviços de concretagem e, ao ser procurado pelas vítimas, exigia um pagamento antecipado para iniciar a execução dos serviços. A investigação foi realizada pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires).

Segundo a PCDF, o prejuízo das vítimas atuais do golpe chega a R$ 9 mil. Contudo, no decorrer das investigações, foram encontradas outras 52 ocorrências por estelionato contra o homem, em todas ele agia com o mesmo “modus operandi”

“De todas esses registros, apenas cinco vítimas conseguiram receber, integralmente, o valor pago de forma antecipada. A ocorrência mais antiga registrada contra ele é de 2013. Estima-se que o prejuízo total causado pelo estelionatário foi o de R$ 117 mil”, afirmou o delegado-chefe da 38ª DP, João Ataliba Neto.

Diante dos indícios apurados, a corporação divulgou o nome e imagem do suspeito de cometer os crimes, com o objetivo que outras pessoas não caiam nos golpes praticados por ele. A PCDF reforça, que caso novas pessoas o reconheçam e tenham sido vítimas, que procurem a delegacia para o registro de ocorrência.

Denúncias e informações sobre o paradeiro do homem investigado podem ser feitas diretamente à equipe da 38ª DP ou pelos canais on-line da PCDF, como o Disque-Denúncia (197), a ligação é gratuita e o sigilo do denunciante é garantido.

Homem procurado pela PCDF por estelionato. Foto: PCDF/Divulgação.

Vítimas não desconfiavam

Segundo a PCDF, para captar um maior número de vítimas, o homem tinha 24 anúncios em sites. Em cada um deles era apresentada uma localização e nome diferente da empresa prestadora de serviços. Após fechar contrato e acreditando na falsa promessa do autor, as vítimas efetuavam o pagamento através de depósitos bancários ou mesmo transferências eletrônicas (às vezes integralmente, às vezes em sua metade) e, mesmo após receber o valor pactuado, o autor sequer iniciava os serviços contratados.

Durante a investigação, duas pessoas que caíram no golpe contrataram o autor após ver anúncios de suas empresas em sites de compras. O primeiro contrato foi fechado em dezembro de 2020 e o segundo, em fevereiro de 2021.

“As vítimas nunca se encontraram pessoalmente com o autor. As tratativas foram realizadas através de contatos telefônicos e conversas por mensagens instantâneas e os pagamentos realizados de forma eletrônica”, destaca o delegado.

Ainda segundo apurado, após receber o pagamento das vítimas, para justificar o atraso no início das obras o homem dava retorno com desculpas inconsistentes. Como o caso não era solucionado, as pessoas pediam para cancelar o contrato e solicitavam a devolução do pagamento realizado. Por vezes, o criminoso realizava falsos depósitos e enviava o comprovante às vítimas.

Prisão indeferida

A PCDF afirma que, durante a investigação, foi solicitada a prisão preventiva do autor mas que a Justiça do DF negou o pedido. Ainda de acordo com a polícia, ao ser intimado para prestar depoimento, o homem apresentou desculpas e solicitou adiamento da audiência por estar fora do DF. Ele chegou a indicar uma data para apresentar sua versão dos fatos, mas no dia agendado, afirmou novamente estar ausente da capital e pediu para remarcar uma nova data.

O pedido foi negado e as investigações foram concluídas.

O homem foi indiciado por dois crimes de estelionato, um na forma majorada pelo fato de a vítima enganada possuir mais de 60 anos de idade. Se condenado, as penas podem chegar a 15 anos de prisão.