Jornalista da TV Globo esfaqueado no DF é extubado no hospital

De acordo com a família, Gabriel Luiz está com a pressão arterial controlada, conversando, lúcido e consciente

O jornalista da TV Globo Brasília, Gabriel Luiz, 28 anos, foi extubado na noite dessa sexta-feira (16/4). O comunicador foi esfaqueado na última quinta-feira (14/4), em frente ao prédio onde mora, no Sudoeste.

De acordo com a família, o repórter passou a noite estável e sem intercorrências. Ele está com a pressão arterial controlada, conversando, lúcido e consciente.

A família passou a noite com o Gabriel na unidade de terapia intensiva (UTI), do Hospital Brasília, e vai se revezar no acompanhamento ao longo da internação. Ainda não há previsão do comunicador receber alta.

O crime

O repórter foi golpeado no estacionamento perto de onde reside, localizado na CCSW 4, Lote 4, em frente ao supermercado Pão de Açúcar, por volta das 23h50. Ele foi atingido no pescoço, no abdômen e na perna esquerda.

Câmeras de seguranças flagraram a aproximação de dois suspeitos. As gravações mostram o Gabriel passando pelo local. Em seguida, aparece um suspeito e, logo depois, outro homem caminhando. Após a aproximação, a dupla ataca o jornalista com a faca e sai correndo do estacionamento (veja vídeo abaixo).

De acordo com o Corpo de Bombeiros (CBMDF), a vítima foi encontrada sentada debaixo de uma marquise, tentando conter o sangramento. Os militares fizeram o procedimento e encaminharam Gabriel ao Hospital de Base.

Prisão dos suspeitos

No final da tarde desse sábado (15/4), a Polícia Civil do DF (PCDF) prendeu os dois suspeitos de esfaquear Gabriel Luiz. Um dos autores da tentativa de latrocínio tem 19 anos.

Mais cedo, investigadores da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), que apura o caso, apreenderam um adolescente de 17 anos que também confessou participação no crime. O jovem contou que segurou o repórter para o comparsa esfaqueá-lo.

“Segundo eles relataram, em depoimento, um dos indivíduos deu um mata leão na vítima, enquanto o outro desferiu diversas facadas. Enquanto um estava dando as facadas, o outro conseguiu subtrair a carteira e o celular. E ambos disseram que efetivamente nem conheciam a vítima, foi uma vítima escolhida”, descreveu Douglas Fernandes, delegado-chefe adjunto da 3ª DP.

O delegado Peter Raquetat, responsável pelas diligências na região onde ocorreu o crime, afirmou que os dois suspeitos levaram dinheiro que estava com a vítima. “Houve a subtração da carteira, que havia valores em reais, muito provavelmente R$ 250, descartando-se, com isso, as outras linhas de investigação que também apareceram ao longo do dia”.

Além da carteira, os envolvidos também levaram o celular da vítima. A carteira foi dispensada com documentos e cartões, e o celular também foi localizado nas proximidades do apartamento.

Ainda segundo os investigadores, os dois suspeitos disseram, em depoimento, que fizeram uso de drogas antes do crime para justificar o ataque.

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