Jovens de classe média alta são alvos de operação contra pornografia infantil no DF – Mais Brasília
Do Mais Brasília

Jovens de classe média alta são alvos de operação contra pornografia infantil no DF

Policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão no Vicente Pires e Águas Claras

Foto: Divulgação/PCDF

Policiais civis da 38ª Delegacia de Polícia deflagraram, na manhã desta quinta-feira (4/11), operação que investiga o compartilhamento e armazenamento de pornografia infantil. Durante a ação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão contra jovens de classe média alta, com idades entre 19 e 22 anos, moradores de Vicente Pires e Águas Claras.

De acordo com as investigações, os suspeitos participavam de um grupo de WhatsApp, onde ao menos um deles, compartilhou cerca de 28 arquivos pornográficos com os demais integrantes.

A existência desse grupo de mensagens foi descoberta durante a Operação Absolut da PCDF, para apurar um acidente de trânsito, ocorrido em 13 de maio deste ano. Na ocasião, um veículo Audi, conduzido por um jovem na companhia de dois passageiros, invadiu uma serralheria na Rua 10, em Vicente Pires. O motorista fugiu do local para não ser preso pelo crime de embriaguez ao volante.

Durante a apuração, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências do motorista e dos passageiros, tendo o primeiro sido autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de munição. Os policiais localizaram ainda arquivos demonstrando que os suspeitos, além de terem ingerido bebidas alcóolicas antes do acidente, fizeram uso do medicamento Alprazolam, e efetuaram um racha na via EPTG momentos antes de se acidentarem.

Operação Boyfriend

Segundo o delegado-chefe da 38ª DP, João Ataliba Neto, dois dos jovens que integravam o grupo, também foram alvos da Operação Boyfriend, deflagrada em setembro deste ano. Eles receberam e compartilharam, sem a autorização da vítima, um vídeo íntimo que um amigo em comum deles tinha gravado com a ex-namorada.

“Investigados agora por transmitir e armazenar arquivos contendo cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, os jovens estão sujeitos a uma pena que pode alcançar os seis anos de prisão”, destaca João Ataliba.

Nas buscas realizadas hoje (4/11), foram apreendidos medicamentos controlados, porções de maconha, celulares e tablets. Em análise preliminar, os policiais não encontraram material de cunho pornográfico nos aparelhos apreendidos. O material apreendido será encaminhado à perícia para análise mais detalhada.

Três dos investigados foram presos em flagrante pelo crime de posse de drogas para consumo pessoal e foram liberados após assinarem o termo de compromisso de comparecimento em juízo quando intimados.