Justiça do DF condena dupla por invadir rede de informática de banco e extorquir clientes – Mais Brasília
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Justiça do DF condena dupla por invadir rede de informática de banco e extorquir clientes

Os criminosos coletaram credenciais de funcionários e instalaram um Ransoware, que tem função de criptografar dados, que só podem ser acessados por meio de senha

Foto: Reprodução/Pixabay

A 3ª Vara Criminal de Brasília condenou uma dupla pelos crimes de invasão de dispositivo informático de uma instituição bancária e de extorsão. Matheus deverá cumprir a pena de 10 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão, em regime fechado, e Fábio deverá cumprir 3 anos e 10 meses de reclusão, em regime aberto.

Conforme o processo, entre os dias 17 de setembro e 13 de outubro de 2022, os acusados invadiram, por diversas vezes, a rede de informática de um banco, explorando os pontos vulneráveis dos sistemas da instituição financeira.

Os criminosos coletaram credenciais de funcionários e instalaram um Ransoware, que tem função de criptografar dados, que só podem ser acessados por meio de senha.

Em seguida, constrangeram o chefe da segurança do banco a realizar pagamento, a fim de que os dados sigilosos de clientes não fossem divulgados.

A defesa de Fábio alegou a confissão espontânea do réu a respeito do delito. Dessa forma, solicitou que fosse considerada circunstância atenuante.

Já a defesa de Matheus afirmou que o acusado não teve participação no crime de invasão do dispositivo informático, de modo que esse crime deve ser imputado ao outro réu. Defendeu ainda que não há provas suficientes para condenação pelo crime de extorsão e que as matérias jornalísticas, trazidas pelo órgão acusatório, não têm valor de prova.

Na decisão, o magistrado pontuou que a materialidade e a autoria dos crimes estão devidamente comprovadas pelos documentos e provas juntados ao processo. Explicou ainda que ficou constatado que o banco teve sua rede de computadores invadida e que foram implantados programas maliciosos, por meio dos quais foram extraídos dados sigilosos de clientes e funcionários.

Por fim, o juiz esclareceu que o sigilo dos dados pessoais e bancários é uma garantia fundamental assegurada pela Constituição Federal e que os dados vazados pelos réus poderão ser utilizados ilegalmente, de modo que, tanto a instituição quanto os clientes poderão ser vítimas de golpes financeiros.

Cabe recurso da decisão.