Mãe confessa à polícia agressão que matou bebê de 1 ano e 9 meses no DF
Ela disse que o bebê estava chorando enquanto ela o alimentava e que, neste momento, empurrou a criança contra um balcão de cozinha
Concluído o inquérito policial aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para investigar a morte do bebê Henry Sousa de Oliveira, de 1 ano e 9 meses, e que indiciou a mãe, Lucimaria de Sousa Barbosa, por homicídio triplamente qualificado.
O bebê foi morto em 19 de janeiro deste ano, em Planaltina, no DF.
Em novos depoimentos à polícia, a mãe da criança, Lucimaria confessou ter agredido fisicamente o bebê. Ela disse que o bebê estava chorando enquanto ela o alimentava e que, neste momento, empurrou a criança contra um balcão de cozinha. Mas a mulher negou a intenção de matar o próprio filho.
A mulher ainda disse que o namorado dela não estava em casa quando ela agrediu a criança, que o homem estava em uma academia. O namorado de Lucimaria chegou a ser preso durante a investigação policial. Mas, com os novos depoimentos, a PCDF representou pela revogação da prisão dele.
De acordo com o delegado que investiga o caso, Brunno Oliveira, da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), mesmo alegando não ter intenção de matar o próprio filho, Lucimaria assumiu o risco de matar.
Ela responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil; mediante recurso que dificulta ou torna impossível a defesa do ofendido; e contra menor de 14 anos, com a pena aumentada em razão de a autora ser ascendente.
“Isso porque foram desferidos pelo menos três golpes, com força, contra uma região vital – que é a cabeça – de uma criança em tenra idade, incapaz de se defender de agressões. Ademais, ela não adotou nenhuma medida para impedir o resultado mais grave, não tendo prestado ou solicitado auxílio médico ou emergencial”, disse o delegado.
À época do crime, Lucimaria disse à polícia que o filho teria caído da cama box, o que provocou os hematomas na cabeça da criança. Ela ainda acrescentou que, pela manhã, foi trocar a frauda da criança e percebeu que o corpo do bebê estava frio. Porém, o laudo cadavérico do Instituto de Medicina Legal (IML) constatou que a causa da morte foi traumatismo craniano por ação contundente. O documento ainda descreveu as lesões que constatou no cadáver.