Médicos que atuaram no Hospital de Campanha da PM denunciam falta de salário
Do Mais Brasília

Médicos que atuaram no Hospital de Campanha da PM denunciam falta de salário

Secretaria de Saúde do DF diz que o pagamento é de responsabilidade exclusiva da empresa e que os repasses estão em dia

Hospital de Campanha da Polícia Militar. FOTO: Reprodução / Agência Brasília

Em denúncia exclusiva ao Mais Brasília, uma médica, que atuou na linha de frente no combate à pandemia da Covid-19 no Hospital de Campanha da Polícia Militar do Distrito Federal, no Setor Policial Sul, relatou que os profissionais da saúde não receberam os salários referentes aos meses de maio e junho.

Segundo a denúncia, a empresa responsável pelos pagamentos não deu, sequer, uma satisfação aos médicos. “Somos todos plantonistas das UTIs. A empresa simplesmente não nos dá uma resposta, faz promessas sem data, diz que não recebeu da secretaria e que estão esperando o dinheiro”, afirmou a médica, que pediu para não ser identificada.

Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que “o pagamento dos salários dos profissionais de saúde dos hospitais de campanha é de responsabilidade exclusiva da empresa contratada para administrar a unidade”.

A pasta destacou ainda que os repasses para a empresa ASM – Associação Saúde em Movimento estão em dia.

O Mais Brasília entrou em contato com a empresa, mas, até o momento, não recebeu resposta.

O contrato entre a secretaria e a ASM – Associação Saúde em Movimento acabou no dia 30 de junho.

Hospital

O Hospital de Campanha da Polícia Militar do DF começou a operar no dia 1º de agosto do ano passado, com 80 leitos de UTI com suporte de hemodiálise e 20 leitos de enfermaria.

A implantação do hospital contou com a cooperação técnica do Instituto de Saúde do DF (Iges-DF) e todos os leitos de UTI foram regulados pelo Complexo Regulador de Saúde.

Contrato

No contrato de gestão do hospital estavam incluídos o gerenciamento técnico; assistência médica multiprofissional – de forma ininterrupta –, com manutenção e insumos necessários para o funcionamento dos equipamentos; e atendimento de pacientes, com medicamentos, materiais, alimentação, nutrição enteral e parenteral.

Como foi feito no Hospital de Campanha do Estádio Nacional Mané Garrincha, todos os equipamentos instalados na unidade serão incorporados ao patrimônio da Secretaria de Saúde com o fim do contrato.