Mestre de obras sobreviveu 14 dias após ser jogado em cisterna no Entorno do DF, diz laudo – Mais Brasília
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Mestre de obras sobreviveu 14 dias após ser jogado em cisterna no Entorno do DF, diz laudo

Roberto Caetano foi asfixiado por cinco traficantes antes de ser jogado na cisterna, que fica perto da casa dos criminosos

Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Técnico-Científica de Goiás concluiu que o mestre de obras encontrado morto dentro de uma cisterna no Jardim Ingá, em Luziânia, ficou vivo por 14 dias depois de ser jogado no poço. Roberto Caetano de Souza, de 51 anos, foi assassinado por cinco traficantes. A Polícia Civil acredita que o homicídio tenha a ver com uma dívida de drogas no valor de R$ 600 (hipótese que não convence a família).

Roberto foi asfixiado antes de ser jogado na cisterna, que fica perto da casa dos criminosos. Eles não sabiam que a vítima havia sobrevivido às agressões iniciais. A vítima morreu por desnutrição 24 horas antes de ser localizado pelos bombeiros. Três pessoas foram presas pela Polícia Civil de Goiás e suas seguem foragidas.

Roberto desapareceu na tarde de 11 de julho. Ao jornal Correio Braziliense, o PM Ailton Caetano, um dos irmãos da vítima, contou que o pedreiro estava em casa, quando resolveu sair. Por 15 dias, familiares e amigos montaram uma força-tarefa de buscas pelo homem. “Não paramos um minuto. Íamos a todos os possíveis lugares que ele estivesse na esperança de encontrá-lo”, afirmou. O corpo foi encontrado na última quarta (26).

Motivação
Por ora, a tese de que o mestre de obras tenha sido morto por causa de uma dívida de drogas é a que mais convence a polícia. “Ao que tudo indica, a vítima tinha relacionamento próximo com uma usuária, que também foi presa. E, pelas investigações, descobrimos que o mandante do assassinato seria um traficante”, detalhou o delegado Felipe Guerrieri Barbosa.

A família não acredita que Roberto era usuário de drogas. Segundo o irmão, o mestre de obras havia recebido uma quantia por um serviço prestado em uma universidade. “Montaram uma casinha para ele. Fizeram uma emboscada para roubar”, disse.

Por Alexandre Bittencourt, do Mais Goiás