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No DF, curso ensina moradores de Santa Maria a empreender na área cultural

Realizada por meio do projeto Cultura nas Cidades, capacitação demonstra como produzir eventos, captar recursos e desenvolver ideias criativas

Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Começa nesta sexta-feira (8/7) a programação de encerramento do curso Cultura nas Cidades, em Santa Maria, realizado pelo Instituto Cultural e Social do Distrito Federal (InCS-DF), com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da administração regional.

O evento ocorre no quadradão cultural da cidade, a partir das 18h, com apresentações de artistas locais e exposições de fotografia e artesanatos.

A festividade é para comemorar a conclusão do curso gratuito de gestão e produção cultural realizado em Santa Maria, entre o dia 30 de junho e a última quinta-feira (7/7). Cerca de 45 moradores aprenderam a produzir eventos, captar recursos e desenvolver ideias criativas – habilidades importantes para quem deseja trabalhar no setor.

O projeto Cultura Nas Cidades já passou por Varjão, Brazlândia, Paranoá, Riacho Fundo II e São Sebastião. Ainda neste mês, será realizado no Recanto das Emas, e em agosto, no Sol Nascente e Paranoá.

A divulgação ocorre por meio de divulgação nas redes sociais, mobilização presencial, panfletagem e passagem de carro de som nas vias principais da região.

O curso é dividido em cinco aulas de quatro horas, somando carga de 20 horas, no turno vespertino ou noturno. Podem participar artistas, produtores, empreendedores criativos e também pessoas que não trabalham na área, mas querem agregar conhecimento. É preciso ter mais de 14 anos.

O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, afirma que o projeto estimula a inserção de novos profissionais no mercado de trabalho.

“Levamos a noção de que cultura é um elemento essencial na formação de emprego e renda. São manifestações de fundamental importância no desenvolvimento social e econômico da cidade”, diz ele.

“É um projeto que cumpre o papel de não só levar cultura para as pessoas, como também de envolver os agentes em ações efetivas. Ou seja, estamos promovendo discussão sobre a realidade cultural do local em que o projeto está instalado. É uma forma de compreender melhor a diversidade de Brasília”, complementa o gestor da pasta.

O coordenador do InCS-DF, Fabiano Castro, afirma que a ideia do projeto é encurtar o caminho entre a população e as políticas públicas do setor cultural.

“Às vezes, a distância entre quem trabalha com cultura e a secretaria é muito longa. Por isso, o nosso maior objetivo é fazer com que eles saibam que podem ter acesso a editais e outras políticas”, pontua.

Tal perspectiva é essencial para o sucesso de quem pretende atuar no ramo cultural, segundo o gerente de cultura da administração de Santa Maria, Rick Marantz.

“A partir do momento que o artista, o ente e o agente cultural estão preparados, se fortalecem na luta por espaço. Para conseguir um recurso, uma apresentação ou até equipamentos. São informações que potencializam o setor”, analisa ele.

Oportunidade de crescimento

Um dos professores do projeto é o músico e produtor Valter Serafim, que comanda a turma do período da tarde em Santa Maria. Segundo ele, o conteúdo traz um novo estímulo aos alunos, ainda mais após o período de restrições de pandemia.

“São minipalestras que mostram todo o processo de produção cultural e gestão, também sobre comunicação de projetos, acessibilidade cultural e captação e gestão de recursos. Mostramos o panorama cultural da cidade, envolvendo questões de cada região”, completa.

Marcos Ferreira, 31 anos, atua na área cultural há mais de uma década, como músico e organizador de eventos, e não perdeu uma aula do curso gratuito.

“Aprendemos detalhadamente sobre as políticas culturais do DF, que muita gente não conhecia. É muito importante esse envolvimento da secretaria com as cidades”, afirma.

Quem também participou ativamente da capacitação foi o representante comercial de livros Valter Carvalho, 59 anos. Ele revela que, após o curso, vê possibilidade de mudar de ramo. “Eu frequento muitos eventos, apresentações culturais, mas até então não sabia como tudo funcionava. Agora, posso até trabalhar com isso”, diz ele.

Experiência completa

Além das aulas e da programação artística de encerramento, o projeto oferece atendimento gratuito para a população, com orientações sobre o Fundo Apoio à Cultura (FAC), a Lei de Incentivo à Cultura (LIC), o Cadastro de Ente e Agente Cultural (CEAC), editais, termo de fomento e colaboração, e auxílio na abertura de Microempreendedor Individual (MEI).

O serviço fica disponível na cidade em que o projeto está instalado, de segunda a sexta-feira das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 12h. Novas edições são divulgadas pelo perfil do projeto.