PCDF desmantela grupo que sonegou R$ 43,7 milhões – Mais Brasília
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PCDF desmantela grupo que sonegou R$ 43,7 milhões

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão

Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), uma operação para desmantelar um grupo de sonegação fiscal que causou um prejuízo de R$ 43,7 milhões aos cofres públicos do DF. Batizada por Operação Identidade Dobrada, a ação policial é comandada por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT) do Departamento de Combate ao Crime Organizado— Decor.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em residências dos envolvidos, no escritório de contabilidade que prestava serviços ao casal de empresários e em outros locais. A ação contou com a participação de cerca de 30 policiais civis do Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná.

Segundo a polícia, não houve buscas nos endereços das empresas envolvidas no esquema, por se tratar de empresas fantasmas, isto é, que só existem no papel. As diligências realizadas possibilitaram à PCDF recolher provas para
fortalecer os indícios contra os investigados, identificar outros envolvidos no esquema, verificar o destino dos valores sonegados, apreender bens e valores para ressarcir os cofres públicos e concluir o inquérito policial.

Modus Operandi do Grupo Criminoso

O grupo atuava há cerca de uma década no DF e utilizava empresas fantasmas, criadas com documentos falsos, inclusive carteiras de identidade, para sonegar impostos.

“As empresas eram abertas em nome de laranjas e testas de ferro, que não tinham conhecimento das atividades ilícitas.”, disse o delegado responsável pela investigação.

A investigação, que durou meses, identificou um casal de empresários de Uberlândia (MG) como pivô do esquema. Outros envolvidos residem em Valparaíso de Goiás (GO) e Maringá (PR).

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de integração em organização criminosa ou associação criminosa, sonegação fiscal, falsificação de documento, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão.

A PCDF dará andamento à investigação para identificar todos os envolvidos no esquema e concluir o inquérito policial.