PM envolvido em acidente que matou criança poderá ir para atividades administrativas – Mais Brasília
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PM envolvido em acidente que matou criança poderá ir para atividades administrativas

Acidente ocorreu na madrugada dessa terça-feira (16/8), na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB)

Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou, nesta quarta-feira (17/8), que o policial de folga envolvido no acidente que causou a morte de uma criança de 10 anos passará por uma avaliação médica e será alocado nas atividades administrativas.

O acidente ocorreu na madrugada dessa terça-feira (16/8), na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). Carlos Roberto de Carvalho Neto, de 26 anos, bateu na traseira do veículo em que a criança estava, que com o impacto da colisão capotou. Lucas Cavalcante não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Base.

A mãe da criança e motorista do outro carro, uma mulher de 40 anos, foi transportada para o mesmo hospital, com dor no quadril e na perna esquerda. O pai, um homem de 41 anos que também era passageiro no carro atingido pelo militar não se feriu, mas foi direcionado para a unidade de saúde com crise nervosa.

O militar não chegou a fazer o teste do etilômetro no local, mas em seu carro, foi encontrada uma garrafa de cerveja. Segundo a própria PMDF, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e, por isso, foi autuado por recusa.

“Lapso de tempo”

Na manhã desta quarta (17/8), o delegado da 27ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), Frederico Teixeira, informou que “embora os fatos tenham ocorrido por volta de 1h, o policial militar envolvido no acidente somente foi apresentado à delegacia às 3h30, sendo a ocorrência confeccionada a partir das 3h33”.

“Nesse lapso temporal, a equipe da Polícia Militar, que atendia o local do acidente, somente realizou, às 3h15, o auto de infração pela recusa do envolvido em se submeter ao teste do bafômetro. Ressalta-se que a referida equipe não realizou o auto de constatação de sinais de embriaguez no local”, detalhou Teixeira.

Dessa forma, o delegado explica que por essa razão o policial foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para exames “muito tempo depois do fato devido à demora na sua apresentação à delegacia e ausência de auto de constatação”.