Polícia civil desarticula quadrilha especializada em roubo e desmanche de carros
Do Mais Brasília

Polícia civil desarticula quadrilha especializada em roubo e desmanche de carros

Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás

FOTO: Divulgação/PCDF

Na manha desta terça-feira (13/7), a Polícia Civil começou uma operação para desfazer uma organização criminosa interestadual especializada em roubo e desmanche de carros para revenda de autopeças.

Ao todo, foram cumpridos 37 mandados judiciais, sendo 12 de prisão e 25 de busca e apreensão, no Distrito Federal (Gama, Ceilândia, Taguatinga e Samambaia) e em Goiás (Goiânia e Águas Lindas).

Em mais de um ano de investigação, os agentes da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) chegaram aos integrantes da quadrilha e descobriram a forma como eles agiam, quase sempre, com violência e uso de armas de fogo.

Segundo a polícia, os carros roubados ou furtados eram deixados em galpões espalhados pelo DF, onde eram desmanchados. Já as peças eram revendidas em comércios no DF e em Goiás e ficavam escondidas nos estoques regulares. A polícia destaca ainda que os donos de alguns desses estabelecimentos são os próprios chefes da quadrilha.

A atividade do grupo era bem estruturada, com cada integrante responsável por uma tarefa. Para disfarçar o esquema, os criminosos também usavam uma van escolar para fazer o transporte das peças. Já as armas utilizadas nos assaltos ficavam escondidas em uma chácara com difícil acesso. De acordo com a polícia, os mandados foram cumpridos nesse local e foi preciso o apoio do helicóptero da corporação.

Durante a operação, além de apreender todo o estoque das lojas de propriedade do grupo, os agentes também identificaram 12 carros diferentes, todos vinculados aos criminosos, o que vai permitir o ressarcimento das vítimas e seguradoras que ficaram no prejuízo.

Todos os presos na operação serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, roubo qualificado, falsidade ideológica, falsidade documental e receptação qualificada. Somadas, as penas podem superar 30 anos de prisão.

A Corpatri já fez mais de dez operações semelhantes e cumpriu mais de 200 mandados judiciais em lojas do DF e de Goiás.

Carros eram desmanchados e peças revendidas. Divulgação/PCDF