Presa mulher que contratou homem para assassinar ex-companheira no DF

O crime aconteceu na manhã do dia 14 de outubro de 2021, quando a vítima saia da casa para o trabalho

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu uma mulher de 44 anos, acusada de matar a ex-companheira. A prisão foi efetuada durante operação deflagrada nesta quinta-feira (21). Batizada por Operação Falso Latrocínio, a ação policial foi comandada pela equipe da 14ª DP.

A autora contratou um matador de aluguel para matar a vítima. O crime aconteceu na manhã do dia 14 de outubro de 2021, quando a vítima saia da casa para o trabalho. Na ocasião, ela foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça e morreu.

Segundo as investigações, a mandante do crime sabia de toda a rotina diária de trabalho da vítima em razão do relacionamento amoroso anterior. E, assim, na companhia do executor do crime,  ambos permaneceram juntos na esquina da rua da casa vítima para acompanhar a saída dela da residência e poderem executar o plano.

Na ocasião do crime, a mulher, ao avistar a ex-companheira, deu o sinal para o comparsa simular um assalto e matar a vítima com um tiro na cabeça.

Após dois anos de investigação, o poder judiciário acatou o pedido de prisão e decretou a prisão preventiva envolvida acusada de participar do homicídio da ex-companheira.

“A motivação para o crime seria o término do relacionamento entre a autora e a vítima, de 33 anos, que começou um novo relacionamento com outra mulher. Houve, inclusive, ameaças por parte da envolvida contra a vítima e a nova companheira”, explica o delegado-chefe adjunto da 14ª DP, William Ricardo.

Ainda segundo o delegado, ao longo das investigações, a investigada tentou embaraçar as apurações do crime.

“Apagava provas e buscava álibis. Mas graças a um robusto conjunto de evidências levantadas pelos investigadores, foi possível demonstrar a materialidade do delito e demonstrar os riscos de manter a criminosa em liberdade, além da possibilidade de fuga, em razão da gravidade do crime praticado e, ainda, oferecer risco às testemunhas, que, inclusive, afirmaram que a criminosa possui um perfil de psicopata em razão de ciúme possessivo que tinha da vítima.

Conforme a polícia, as investigações se prolongaram por conta do temor que a criminosa causava nas testemunhas, pois algumas delas só passaram a colaborar com a investigação depois de efetivada a prisão da envolvida.

“As investigações prosseguem no sentido de identificar, localizar e prender o executor do crime. Contamos com a colaboração da comunidade por meio de denúncias que poderão ser feitas pelos canais on-line da PCDF e pelo Disque-Denúncia (197), ou mesmo diretamente na sede da delegacia”, finaliza William Ricardo.

Uma testemunha ouvida pela autoridade policial afirmou, em seu depoimento, que a acusada era psicopata e tinha um ciúme doentio da vítima e capaz de fazer qualquer coisa para evitar a aproximação de qualquer pessoa com a vítima, inclusive ceifar sua vida e de quem se aproximasse.

Uma segunda testemunha afirmou que foi procurada pela criminosa para conseguir um matador e uma arma de fogo, mediante oferta de pagamento de R$ 3 mil.

A terceira testemunhou disse que se mudou para uma outra cidade e não contou pra ninguém para evitar que descobrissem seu endereço, temendo pela própria vida.

“Todas as testemunhas disseram que apenas prestaram informações à polícia porque a mulher já havia sido preso foi presa. Uma outra só compareceu para o depoimento depois de muita insistência dos policiais, mesmo a acusada já sido presa”, explica o delegado.

A envolvida permanece presa e recolhida ao sistema prisional do DF.

 

Sair da versão mobile