Samu registra queda no número de trotes no Distrito Federal – Mais Brasília
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Samu registra queda no número de trotes no Distrito Federal

Em 2017, os servidores receberam 67.808 telefonemas desnecessários

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) contabilizou, até o final de outubro, 16.563 ligações classificadas como trote, no Distrito Federal. Levando em consideração dados de 2017, quando foram registrados 67.808 telefonemas desnecessários, houve uma diminuição de 400%.

Mesmo com a queda nos registros em 2021, a brincadeira de mau gosto pode prejudicar quem precisa de um atendimento emergencial. “É importante salientar que trabalhamos com indicadores que quanto menor for o valor (dos trotes), melhor será, sendo assim, nosso objetivo de fato é que esse indicador seja igual a zero”, afirma o diretor do Samu-DF, Victor Arimatea.

Uma vez que a ligação é recebida por meio do telefone 192, a Central de Regulação vai cadastrar, identificar uma viatura disponível, preparar esse recurso, disparar e monitorar a viatura até a chegada ao paciente. Segundo o Samu, há todo um processo de trabalho e logística envolvido para atender os chamados.

Mesmo que o trote seja reconhecido ainda pelo atendente, que é o primeiro profissional que recebe essa demanda da população, há um prejuízo que deve ser considerado. Isto é, o tempo que é gasto naquela operação acaba mantendo um paciente que precisa de uma orientação ou que precisa de um recurso móvel avançado, básico, helicóptero ou moto, aguardando pelo atendimento mais do que deveria.

O diretor do Samu afirma que “há um processo de perturbação que realmente não só acaba atribuindo a atividade desses profissionais dentro da nossa central que deveriam dedicar suas atividades única e exclusivamente para aqueles pacientes que têm necessidade, como de fato, pode acabar resultando no envio, no disparo de um recurso sem que haja um paciente em necessidade”.

Equipe

A operação de atendimento do Samu conta com uma grande equipe de servidores, entre médicos e enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores socorristas, psicólogos, assistentes sociais, atendentes e pilotos.

De acordo com o órgão, são quase mil profissionais equipados com uma estrutura robusta que vai de viaturas básicas a avançadas, helicópteros e motos.

“As equipes se dedicam diariamente arriscando a própria vida e a própria saúde para garantir o socorro a quem realmente precisa. E, apesar de tudo isso, de todo esse esforço, a missão fracassa quando um único atendimento necessário deixa de ser realizado por falta de um recurso acionado por um trote. Por isso é importante reforçar que somente com a participação ativa e integrada de todos nós, de toda a população é que a gente terá a chance de alcançar o objetivo de cumprir a missão Samu: garantir atendimento rápido e de qualidade a qualquer cidadão em necessidade, independentemente da hora e do local”, ressalta Victor Arimatea.