Secretaria de Educação implementa programa em 126 escolas públicas para combater violência no DF

A portaria será publicada nesta terça (29)

A Secretaria de Educação, em conjunto com a secretaria da Casa Civil e da segurança-pública, apresentou, em coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (28/3), um plano estratégico para o combate à violência nas escolas da rede pública do Distrito Federal.

A portaria, com todas as medidas e cronograma deste pacote conjunto de ações será publicada já nesta próxima terça-feira (29/3). O plano começou a ser pensado pelo GDF após casos recentes de esfaqueamento de alunos nas escolas públicas.

Intitulado “Convivência Escolar e Cultura de Paz”, o projeto terá foco prioritário na prevenção da violência em 126 escolas da rede pública de ensino do DF, localizadas em regiões que as secretarias em conjunto consideram ser estratégicas.

As informações foram divulgadas pela secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Os nomes e os locais das 126 escolas públicas, no entanto, não foram divulgados.

Segundo a secretária, não divulgar foi uma escolha para que os colégios, regiões e alunos não fossem estigmatizados.

De acordo com a secretária, até o dia 27/4 as escolas já contarão com um manual impresso – uma cartilha – deste plano.

No dia 30/4, todas as escolas do DF estarão prontas para implementar o programa impresso nas cartilhas.

Além da secretaria de Educação, o plano envolve a secretaria de segurança-pública, de Saúde, da Juventude, de Esportes.

A secretária de Educação ainda argumentou a necessidade de realizar uma formação com os professores temporários que entraram recentemente na rede pública.

Sobre os gastos do projeto, a secretária não adiantou números. Limitou-se a dizer que a Educação já tem verbas suficientes para formação de professores e impressão de material.

Sobre os gastos das outros secretarias, nem a Casa Civil tampouco a Segurança Pública adiantaram qual seriam os valores gastos neste projeto.

Polícia militar acionada

Uma das inovações que o plano em conjunto traz, segundo o secretário de segurança-pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, é a possibilidade de a comunidade escolar poder agora acionar diretamente a polícia militar.

“Estamos criando uma rede de comunicação direta entre os batalhões e as comunidades de ensino, para que a polícia militar seja acionada rapidamente, em caso de urgência, assegura o secretário, ressaltando que o método já é utilizado em outra secretaria. “Esta ação já é realizada com a Secretaria de Saúde e agora será aplicada à secretaria de Educação”.

O secretário de segurança-pública ainda adiantou que um dos objetivos do plano também é reforçar o trabalho do Batalhão Escolar nestas 126 escolas tidas com foco prioritário inicial.

Ainda segundo o secretário, os programas das polícias Civil e Militar, de prevenção às drogas nas escolas, também serão ampliados. Júlio Danilo adiantou que as investigações dos casos, pela Polícia Civil, continuarão. “Nosso foco não é a repressão, é a prevenção. Mas nós acompanharemos (de perto) as investigações”.


Acompanhamento
psicológico

Em relação à participação da secretaria de Saúde no projeto, Hélvia Paranaguá argumenta que já existe hoje um trabalho implementado em 365 escolas, colégios que aderiram à este programa da Pasta de Saúde.

Segundo a secretária, este projeto é um programa voltado para o tratamento da saúde mental.

“Nós não podemos esquecer que os adolescentes passam angústias, sofrimento pessoal e isso precisa ser acolhido. E nós vamos aderir a este programa da Saúde, que conta com rodas de conversa, apoio psicológico, medicina alternativa”, reforçou a secretária de Educação.

Sobre a Secretaria de Esportes, Hélvia Paranaguá ressaltou a importância dos trabalhos realizados com os estudantes nas vilas olímpicas.

 

 

 

 

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