Secretaria de Saúde lança painel virtual sobre transplantes no DF – Mais Brasília
Do Mais Brasília

Secretaria de Saúde lança painel virtual sobre transplantes no DF

Ferramenta possibilita acesso à fila de espera, número de pacientes transplantados e locais onde foram feitos

Transplante no Hran
Foto: Breno Esaki/ Agência Saúde

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) lançou, nesta sexta-feira (20/8), mais uma ferramenta de informação para a população brasiliense acompanhar. O portal InfoSaúde agora conta com o painel de transplantes, onde é possível consultar dados sobre os procedimentos cirúrgicos na capital federal. Plataforma possibilita acesso à fila de espera, número de pacientes transplantados e locais onde foram feitos cada um.

“O painel foi construído de modo que se tenha clareza nos dados publicados, pensado para ser algo mais didático e cumprir com o objetivo de fornecer transparência e facilitar o acesso à informação”, destaca a diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF), Camila Vieira Hirata.

Neste ano, foram um total de 329 pacientes transplantados. Atualmente, 956 pessoas aguardam transplantes no DF. Desses, 530 esperam um rim. O cidadão pode consultar no painel a quantidade de pessoas na fila para cada órgão. A Saúde lembra a população que essa espera é única e engloba pacientes da rede pública e privada.

“A CET-DF está envolvida em toda a cadeia do processo de doação e transplante, como cadastro dos doadores para que os órgãos sejam disponibilizados para os receptores e gerenciamento da lista única de espera”, esclarece Camila.

No Distrito Federal, é possível realizar, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os seguintes transplantes de órgãos e tecidos: coração, rim, fígado, córneas e medula óssea. A rede privada oferece as mesmas modalidades e mais o transplante de tecido musculoesquelético.

Fila de espera

De acordo com a diretora da CET-DF, os pacientes que precisam de transplante são inseridos em uma lista única, controlada por um programa informatizado do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A lista é regionalizada, ou seja, aquele potencial receptor será acompanhado pela equipe do estado onde está inscrito e vai realizar o procedimento também nessa localidade.

Caso não seja identificado um receptor compatível aqui no DF, é possível fazer uma oferta para a Central Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, e se houver receptor de outro estado apto a receber, o órgão poderá ser transplantado nesse paciente.

Primeiro, o paciente precisa passar por avaliação com consultas e exames específicos com profissionais autorizados a realizar transplantes, nos estabelecimentos públicos ou privados. Se for constatado que realmente tem a indicação do transplante, ele é inserido pela própria equipe transplantadora na lista única de espera.

Quem pode ser doador

Existem dois tipos de doadores. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, medula óssea ou parte do pulmão, desde que concorde com a doação, e que não haja prejuízo para a sua saúde. Pela lei, cônjuges e parentes até o quarto grau podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.

O doador falecido é aquele que a família autorizou a doação após o seu falecimento. São pessoas que sofreram alguma lesão cerebral irreversível.

“Para que a doação seja realizada, é necessário a confirmação de um diagnóstico bem criterioso, chamado diagnóstico de morte encefálica, que envolve exames clínicos e de imagem realizado por médicos especializados”, afirma a diretora da CET-DF.

Ela alerta ainda que, como no Brasil, a doação só será feita após a autorização familiar, é importante que as pessoas conversem com seus familiares sobre o seu desejo de ser um doador.