Servidores públicos são alvos de operação da PCDF contra fraudes em contratos – Mais Brasília
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Servidores públicos são alvos de operação da PCDF contra fraudes em contratos

Policiais cumpriram 20 mandados de busca e apreensão em cidades do DF e na Secretaria de Saúde

Foto: Divulgação/PCDF

Policiais civis da Delegacia de Repressão à Corrupção (DRCOR) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (31/3), a Operação Check-Up e a 2ª fase da Operação Recall, para investigar fraudes em contratos de manutenção de viaturas e pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos.

Ao todo foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, em várias cidades do Distrito Federal, inclusive em dependências da Secretaria de Saúde (SES-DF). A ação contou com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep/MPDFT).

De acordo com a PCDF, elementos colhidos após a 1ª fase da Operação Recall, com o objetivo de apurar irregularidades cometidas por servidores do Departamento de Trânsito (Detran-DF), indicaram o envolvimento de outras oficinas mecânicas e pessoas, inclusive outros servidores públicos da autarquia, motivo pelo qual foi implementada uma 2ª fase.

As investigações apontaram que as fraudes eram praticadas com utilização de cotação de preços muito acima dos praticados no mercado, bem como pela cobrança de peças não trocadas e serviços não realizados. As fraudes ocorriam com a participação de representantes de oficinas mecânicas em conluio com os servidores do órgão, os quais atestavam a conformidade e autorizavam o pagamento.

Perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) revelou que peças pagas não haviam sido trocadas, assim como casos em que foram incluídas nos orçamentos componentes que nem existiam em determinadas viaturas. Além disso, a polícia identificou peças em avançado estado de desgaste, o que traz evidente risco aos servidores que utilizam aqueles veículos em atividades cotidianas.

Segundo os investigadores, os elementos colhidos após a 1ª fase da Operação Recall indicaram que as fraudes e pagamentos de vantagens indevidas não se restringiam apenas ao Detran, mas que também se estendiam à Secretaria de Saúde. Dessa forma, foi deflagrada simultaneamente a Operação Check-up para apurar a conduta dos servidores responsáveis pela área de manutenção veicular da pasta.

Os policiais afirmam que, até o momento, há indícios de que os investigados possam ter cometido os crimes de associação criminosa, estelionato e corrupção, cujas penas somadas podem chegar a 20 anos de prisão.