Suspeitos estouram espumante para comemorar fraude de R$ 21 milhões contra banco – Mais Brasília
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Suspeitos estouram espumante para comemorar fraude de R$ 21 milhões contra banco

Os criminosos adulteravam o QR Code PIX das guias de arrecadação, inserindo valores significativamente menores do que o valor real da guia

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta quinta-feira (18), uma operação para desarticular um grupo suspeito de fraudar pagamentos de guias de arrecadação por meio de códigos PIX adulterados. Os integrantes do grupo exibiam nas redes sociais uma vida luxuosa, estourando espumantes para comemorarem as fraudes criminosas. Em um dos vídeos divulgados pela PCDF, é possível ver o grupo comemorando.

Segundo a polícia, o esquema criminoso começou em janeiro de 2023 e causou um prejuízo de R$ 21 milhões do Banco do Brasil. Os criminosos adulteravam o QR Code PIX das guias de arrecadação, inserindo valores significativamente menores do que o valor real da guia.

Comandada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e batizada de Operação Dígito 8, a operação cumpriu dez mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão, e contou com o apoio das Polícias Civis de São Paulo, Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Amapá, Goiás e Rio de Janeiro. No DF, foram presas seis pessoas; em São Paulo, uma.

De acordo com a Polícia Civil do DF, o grupo criminoso era dividido em quatro núcleos:

•Núcleo Operacional: Responsável por explorar a vulnerabilidade e efetuar os pagamentos;
• Núcleo de Prefeituras: Emitia as guias fraudulentas e repassava das verbas. Prefeituras de Morros/MA, Ubaitaba/BA, Serra do Navio/AP, Jacinto/MG e Acorizal/MT estiveram envolvidas.
• Núcleo de Intermediadores: Facilitou a comunicação entre o núcleo operacional e as prefeituras.
• Núcleo Financeiro: Utilizou empresas para permitir a retirada dos recursos ilícitos das contas das prefeituras.

Ainda segundo a PCDF, os investigados podem responder por invasão de dispositivo eletrônico, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Caso condenados, eles podem pegar até 20 anos de prisão.

Em nota, o Banco do Brasil informou que “colabora com as autoridades na investigação de fraudes de qualquer natureza contra a instituição com o repasse de subsídios no seu âmbito de atuação para as autoridades competentes”.