UnB lamenta a morte do diretor de teatro Hugo Rodas aos 82 anos – Mais Brasília
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UnB lamenta a morte do diretor de teatro Hugo Rodas aos 82 anos

O ex-professor da Universidade de Brasília foi vítima de um acidente vascular cerebral e de metástase de um câncer

Foto: Murilo Abreu/Secom UnB

A Universidade de Brasília (UnB) e a comunidade brasiliense perderam, na tarde dessa quarta-feira (13/4), Hugo Renato Giusto Rodas. Primeiro professor emérito da UnB vindo do Instituto de Artes, o diretor de teatro foi vítima de um acidente vascular cerebral e de metástase de um câncer contra o qual lutava há três anos.

“Há cerca de um mês fui à casa do Hugo. Ele me olhou nos olhos e falou: ‘fui muito feliz, tive uma vida sem sofrimento. Tudo veio para mim, eu nunca quis nada. As coisas sempre me buscaram. Sempre estive onde fui chamado e agora estou sofrendo neste final, mas isso é muito pouco diante de uma vida de tanta alegria e realização'”, conta o professor do Instituto de Artes (IdA) e amigo Marcus Mota.

Aos 82 anos, Hugo, apesar da luta contra o câncer, seguia ativo: era coordenador da Subcomissão de Memória e Audiovisual, dentro do planejamento dos trabalhos para comemorar os 60 anos da UnB.

“Ele estava empenhadíssimo. Estava concebendo esteticamente a criação desse momento. Apesar de ter o corpo cada vez mais debilitado nas reuniões, o espírito se encontrava em um um ponto contrário, de entusiasmo e de alegria que ele tinha em participar dessa homenagem aos 60 anos da Universidade de Brasília, onde teríamos a oportunidade de ter uma ação pública coletiva na rua”, lembra Rafael Villas-Bôas, diretor da UnBTV e membro da comissão UnB 60 anos.

A jornalista Marina Simon, uma das autoras do documentário Palco dos Sonhos, na Companhia de Hugo Rodas (2006), acredita que “ninguém sai imune ao fenômeno Hugo Rodas”. Ao lado de Isabel Fleck, ela registrou a homenagem audiovisual ao diretor e afirma, como um dos personagens do filme, que “Hugo era como um vulcão, um fenômeno da natureza”. Ela lembra que “além do enorme talento, ele tinha um coração enorme, que transbordava”.