Vice-presidente do TRE-DF renuncia ao cargo por insatisfação com Supremo – Mais Brasília
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Vice-presidente do TRE-DF renuncia ao cargo por insatisfação com Supremo

Coelho da Silva criticou severamente o discurso do ministro Alexandre de Moraes durante a posse no STE

Foto: Reprodução

O desembargador Sebastião Coelho da Silva, corregedor da Corte e vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (22/8).

No início da sessão, Coelho da Silva anunciou a renúncia ao cargo. “Para ser coerente com a minha fala e, em respeito à população do Distrito Federal, aos eleitores e jurisdicionados da Justiça Eleitoral, hoje venho me despedir de Vossas Excelências e da própria Justiça Eleitoral”, disse em seu discurso.

O corregedor acrescentou ainda que estará à disposição do Tribunal de Justiça do DF. “Por um tempo estarei à disposição no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, eis que já marquei a minha aposentadoria para o dia 11 de outubro”.

Nos últimos dias, o vice-presidente do TRE-DF demonstrou insatisfação com as atitudes do presidente do Superior Tribunal Eleitoral (STE), Alexandre de Moraes. Coelho da Silva criticou severamente o discurso do ministro Alexandre de Moraes durante a posse no STE.

“Esperava, sinceramente, que o eminente ministro aproveitasse a presença dos principais candidatos, dos ex-presidentes da República e do presidente da República para fazer uma conclamação de paz para a nação. Mas ao contrário, o que eu vi, ao meu sentir, o eminente ministro Alexandre de Moraes fez uma declaração de guerra ao país. Eu não vou cumprir discurso de ministro. O magistrado tem que ter sobriedade”, afirmou Coelho da Silva.

Na ocasião, o corregedor chegou a anunciar a aposentadoria por estar insatisfeito com o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu vivi aqui os meus melhores momentos até hoje. É uma alegria grande. Eu estou comunicando a minha aposentadoria. Isso por quê? E eu respondo. Há muito tempo, e não posso falar outra palavra, eu preciso tomar cuidado com elas, não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal. Então, quem não está feliz no órgão não pode continuar”, explicou.