4,9 milhões ainda têm que fazer a prova de vida do INSS – Mais Brasília
FolhaPress

4,9 milhões ainda têm que fazer a prova de vida do INSS

A prova de vida precisa ser feita apenas uma vez por ano

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Um total de 4.979.617 beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ainda precisa fazer a prova de vida no país, segundo dados do órgão referentes ao mês de agosto. Em apenas um mês, 2,3 milhões fizeram a atualização cadastral, que é realizada nos bancos e, em alguns casos, no INSS. Em julho, havia 7.308.698 aposentados, pensionistas e outros beneficiários com a atualização cadastral pendente.

O estado de São Paulo, que tem a maior quantidade de benefícios pagos (8,1 milhão), aparece em primeiro lugar, com 914.343 beneficiários que estão com a prova de vida pendente. Na sequência estão Minas Gerais (570.893 com o recadastramento por fazer), Bahia (483.875) e Rio de Janeiro (402.204).

A prova de vida precisa ser feita apenas uma vez por ano e o INSS tem um calendário de vencimentos que o aposentado deve respeitar para não ter seu benefício suspenso. Os prazos vão até agosto de 2022 e variam conforme o mês em que a prova de vida venceu ou vai vencer. Veja o calendário completo abaixo e não deixe para a última hora.

Atenção aos prazos

Aposentados com a prova de vida vencida em setembro ou outubro de 2020 devem realizar o procedimento até o dia 30 de setembro deste ano. Em outubro será o último mês para quem teria que fazer a comprovação em novembro e dezembro de 2020. O segurado não é obrigado a esperar até o mês em que o prazo dele acaba.

Desde o ano passado, já fizeram a prova de vida 31.259.263 beneficiários no país. Do total, 24.690.973 foram em 2021 e outros 6.568.290 realizaram o procedimento em 2020.

Com as medidas de restrição de circulação por conta da pandemia de coronavírus, a prova de vida deixou de ser obrigatória entre março de 2020 e o final de maio de 2021. Mesmo assim, ainda era permitido fazer o recadastramento.

O Congresso havia aprovado a suspensão da obrigatoriedade da prova de vida até o final deste ano, mas a medida foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. Na nova lei, o presidente aprovou o 135 gratuito para ligações feitas de telefones celulares, mas o serviço ainda não está disponível.

Onde fazer o recadastramento

A atualização é feita no banco onde o aposentado ou pensionista recebe seu benefício (no guichê de atendimento, pelo caixa eletrônico e até pelo internet banking, em alguns casos).
Maiores de 80 anos e pessoas a partir de 60 anos que tenham dificuldade de locomoção podem fazer a prova de vida em domicílio. O beneficiário ou um familiar pode agendar, pelo 135 ou pelo Meu INSS, uma visita de um funcionário do órgão. Os segurados com biometria cadastrada no TSE (via título de eleitor) e no Detran podem fazer a prova de vida digital, por meio do Meu INSS.

Como saber o mês em que a prova de vida venceu

O mês original de renovação da prova de vida é estabelecido pelo banco que paga o benefício. O critério varia de acordo com cada instituição:

  • Caixa – O vencimento se dá em até um ano da última prova de vida realizada. No aplicativo Caixa Trabalhador é possível saber a data da última prova de vida feita;
  • Banco do Brasil – A prova de vida é feita no mês de aniversário do beneficiário;
  • Bradesco – O vencimento da prova de vida é o mês em que o cliente recebeu o primeiro pagamento no Bradesco;
  • Itaú Unibanco – O vencimento ocorre quando completado um ano após a realização do último procedimento;
  • Santander – O vencimento da prova de vida ocorre anualmente com base na data da concessão da aposentadoria;

Suspensão e bloqueio

Depois que o prazo vence, o INSS tem três etapas até o corte do benefício: bloqueio, suspensão e cancelamento (quando o benefício é cessado).

Benefícios bloqueados e suspensos podem ser reativados diretamente no banco. Segundo o INSS, mesmo após a cessação do benefício, ele poderá ser reativado. O segurado terá que ligar para o 135 e agendar o serviço de reativação de benefício.

Por Luciana Lazarini