Valeria Valenssa, primeira Globeleza, diz que nunca se sentiu mulher objetificada – Mais Brasília
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Valeria Valenssa, primeira Globeleza, diz que nunca se sentiu mulher objetificada

'Nunca escutei uma gracinha nem ninguém abusou de mim', diz pioneira das vinhetas de Carnaval com mulheres quase nuas

Foto: Divulgação

Aparecer nua na televisão nunca foi um problema para Valeria Valenssa, a primeira e mais emblemática das Globelezas, mulheres que estrelavam as vinhetas de Carnaval da Globo dançando quase nuas —e que deixaram de existir após polêmicas que vão de racismo a nudez.

Ela conta que sua intenção não era causar polêmica ao sambar com o corpo despido e pintado, mas sim expor um trabalho artístico feito a várias mãos.

“As pessoas nunca chegavam perto de mim para falar ‘caramba, você é sexy’. Eu fazia todas as minhas apresentações e desfiles com o corpo pintado porque era como queriam me ver. Nunca escutei uma gracinha nem ninguém abusou de mim”, afirma ela.

A Globeleza gravou 12 vinhetas. Em 2000, se vestiu com aparatos que supostamente remetem a povos indígenas para comemorar os 500 anos de descobrimento do país.
Na tentativa de dar boas-vindas ao século 21, Valenssa usou em 2001 um figurino metálico que deveria parecer futurista. Dois anos depois, gravou a chamada exibindo um barrigão de grávida. No ano seguinte, prestes a ter o segundo filho, Valenssa foi substituída por uma boneca digital.
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