Vitor Kley volta aos palcos e diz que nasceu ‘para ter várias fases’

Cantor se prepara para seu primeiro show, no Navio da Mix, neste sábado (13)

Buscando sempre evoluir em todos em suas “personas”, o cantor Vitor Kley, 27, chega em uma nova era, com direito a batidas do emo rock nacional. Com o single “O Amor Machuca Demais” recém-lançado, o artista se prepara para seu primeiro show desde que começou a pandemia, no Navio da Mix, neste sábado (13), e afirma: “Não faço ideia do que vai acontecer, e isso é legal para caramba!”.

A nova canção chegou às plataformas digitais nesta quarta-feira (10) e apresentou uma versão diferente das músicas do cantor gaúcho. Tanto nas “batidas mais nervosas” quanto na estética do clipe, dirigido por Henrique Bolívia, o músico afirma que busca apresentar uma nova versão de si, além de se permitir viver todas as suas fases.

Apesar da diferença no estilo musical, o cantor se preocupou em deixar sua marca registrada na nova música, com “o refrão que gruda e a maneira de cantar”. Ele afirma que não sente medo de mudar, e que está ansioso para ver a resposta do público. “Não nasci para ser uma coisa só, para ficar fazendo a mesma parada. Nasci para ser vários eus e ter minhas várias fases.”

“[É] uma coisa que eu nunca tinha falado”, acrescenta sobre o tema do amor sofrido, “mas é uma coisa que já está há muito tempo dentro de mim, eu vivi isso”. Kley conta que em seus shows já tocava sucessos como “O Sol” (2017) e “Adrenalizou” (2018) com uma pegada mais rock, e que esperava o momento certo para lançar um single no ritmo.

Além disso, o clipe traz convidados e referências do rock nacional dos anos 2000. O cantor cresceu ouvindo bandas como Forfun, NxZero, Darvin e Fresno, e, por isso, convidou artistas como Di Ferrero, Marimoon, Daniel Weksler e Lucas Fresno para interpretarem seus professores do rock.

“Tudo no clipe tem um link”, afirma. O cantor também explica que, em seus últimos trabalhos, buscou explorar um lado mais artístico, tanto na produção dos vídeos como nas capas. Ele cita seu trabalho mais recente, o álbum “A Bolha” (2020), em que a capa mostra uma foto dele nu, pintado com tintas roxas dentro de uma bolha.

“Estou nessa pira de fazer capas emblemáticas, coisas mais artísticas”, completa. Kley afirma que, na pandemia, precisou ativar seu lado criativo para continuar produzindo conteúdo e conseguir alimentar suas redes sociais. Do esforço coletivo, segundo ele, vieram vídeos que homenageiam suas referências musicais e explicam o processo de produção de suas canções.

Kley afirma que está com o coração agitado e ansioso com a volta dos shows nos próximos meses. O artista já tem agendada uma turnê em Portugal para 2022, e pretende trazer um repertório misturando seus álbuns “A Bolha” (2020), “Microfonando” (2019) e “Adrenalizou” (2018).

Enquanto isso, o artista faz sua participação no quadro Show dos Famosos, do Domingão com Huck (Globo). Ele afirma que com a competição pode conhecer “outras áreas artísticas e mais o meu corpo”, além de desconstruir sua imagem para interpretar ícones como Pitty, Bel Marques e Justin Bieber.

Para o futuro, o artista pretende lançar mais músicas na pegada rock, mas também manter sua essência e transitar por canções mais tranquilas e leves. “Cada projeto são pontes para irmos para uma evolução nossa”, completa o cantor.

Por fim, ele lamenta a morte da cantora Marília Mendonça (1995-2021), em um acidente aéreo na última sexta-feira (5). “Quero mandar muita força para a família e para os fãs da Marília Mendonça”, diz. “Não consigo acreditar que aconteceu, mas estou aqui rezando por eles. Que pessoa maravilhosa que a Marília é, porque ela sempre estará presente aqui.”

Por Mariana Arrudas 

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